Nota da Redação: A Contabilidade Rural é um segmento em alta e estável no mercado contábil.
No Brasil, empresário e agricultor são dois estereótipos completamente diferentes. Mas essa distinção deveria se ater somente ao imaginário, pois, na prática, administrar uma fazenda não é tão diferente de conduzir uma empresa. Apesar disso, nem todos os produtores rurais dão a devida importância às práticas modernas de gestão e à contabilidade rural.
Isso é um erro grave, porque no campo um bom planejamento contábil pode até ser mais determinante. Afinal, por trabalhar com safras, o agricultor precisa esperar longos meses do plantio até a colheita e a venda de seus produtos. Assim, um pequeno erro de cálculo pode ser catastrófico, e não há chances de se recuperar no mês posterior, apenas na safra seguinte.
Segundo Paulo Oberto, diretor do escritório Oberto, especializado em contabilidade rural, a carga tributária sobre o agronegócio é elevada e complexa. “Tendo isso em vista, o produtor rural tem que entender que ele precisa ter um acompanhamento mensal do seu negócio. Não dá mais para esperar o ano findar, juntar a documentação e levar para o contador elaborar sua declaração de renda”, afirma.
Apesar disso, no geral, os agricultores não são organizados financeiramente, segundo Oberto. “Entendemos que isto é uma cultura, mas que está mudando. Para se fazer um planejamento tributário que faz parte da organização da atividade é necessário ter um controle financeiro partindo de um projeto simples”, pondera.
O projeto simples de planejamento rural a que Oberto se refere começa com um levantamento patrimonial, que apura o ativo – bens e direitos – e passivo – obrigações – que compõem as atividades exploradas.
A partir daí, tem-se o patrimônio líquido e é possível elaborar o fluxo de caixa, que mensura as entradas e saídas de recursos que a atividade proporciona. “Isso é feito mensalmente e geralmente abrange um período de 10 anos”, explica Oberto.
Aí está uma das diferenças fundamentais da gestão financeira de uma empresa na comparação com o agronegócio. Em outros setores, o fluxo de caixa raramente ultrapassa 12 meses. Segundo Oberto, planejá-lo em um prazo mais longo tem a finalidade de dar suporte a tomadas de decisões envolvendo investimentos, frustrações de safra, variações nos preços praticados no mercado, baixa produtividade e outras.
Além da assessoria contábil competente, há casos em que vale a pena informatizar a gestão da fazenda. Quando o negócio começa a crescer e o controle financeiro passa a tomar muito tempo, implantar um sistema de gestão é importante. “Além de benefícios para a atual gestão, também servirá como um facilitador para a futura inclusão de sucessores e agregados, tendo em vista a perpetuidade do negócio”, sugere Paulo Oberto.
Se atualizar quanto ao uso de tecnologias no campo não ajuda apenas na administração financeira, mas também na produtividade da plantação – há uma série de startups do agronegócio com soluções inovadoras para esse fim – e nos rendimentos – como as lojas virtuais, que possibilitam explorar novos modelos de negócios, chegando direto ao consumidor final. Via Meu Agronegócio
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