O percentual de famílias inadimplentes atingiu 29%, evidenciando uma redução em novembro.
Esta queda é notável tanto em comparação ao mês anterior (29,7%) quanto ao mesmo período do ano passado (30,3%).
Segundo Felipe Tavares, economista-chefe da CNC responsável pela pesquisa, esse é o nível mais baixo desde junho de 2022.
Apesar de permanecer acima do índice de novembro do ano passado, que registrava 10,9%, a proporção de pessoas enfrentando dificuldades para quitar dívidas passadas diminuiu para 12,5%, em comparação com os 13% de outubro.
O economista destaca que, mesmo sendo uma redução modesta, isso sugere a eficácia do programa Desenrola.
Enquanto o número geral de endividados apresentou declínio, a faixa de renda média, entre cinco e dez salários mínimos, contrariou a tendência, registrando aumento no número de pessoas endividadas, retornando aos níveis de novembro de 2022.
No entanto, 35% desses consumidores consideram-se “pouco endividados”. Este grupo também experimentou a quarta elevação consecutiva de dívidas em atraso, atingindo 24,2%, o patamar mais alto da série.
O maior percentual de dívidas em atraso (36,6%) ficou entre os consumidores de baixa renda, com até três salários mínimos.
Esses consumidores têm uma probabilidade significativa de não conseguir arcar com suas dívidas, representando 17,2%.
O economista ressalta que essa situação é agravada pela alta dependência desses consumidores de dívidas, comprometendo 31,9% de sua renda.
O cartão de crédito continua sendo o meio mais utilizado pelos endividados, alcançando 87,7% do total de devedores, indicando um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior, quando estava em 86,4%.
Além disso, observou-se um avanço no crédito consignado, com um acréscimo de 0,5 ponto percentual (p.p.), e no financiamento imobiliário, com um aumento de 0,4 ponto percentual. Outras modalidades perderam representatividade na carteira de crédito dos consumidores.
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Apesar de apresentar uma tendência de queda pelo quinto mês consecutivo, o endividamento ainda afeta aproximadamente 76,6% das famílias brasileiras, que possuem compromissos financeiros relacionados a cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa.
O percentual registrado em novembro representa uma redução de 0,5% no número de endividados em comparação com o mês anterior.
Esses dados foram divulgados na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nesta segunda-feira (4).
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, sugere que a percepção de melhora nas condições econômicas do país pode estar por trás dessa diminuição.
Ele aponta para o progresso no mercado de trabalho, mesmo que em menor escala, com expectativas de aumento nas contratações durante o período de fim de ano, o que tem favorecido os orçamentos domésticos.
Isso indica que menos pessoas estão buscando crédito, pois conseguem cumprir com as obrigações financeiras atuais.
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