Conta de luz, assinatura de tv e de internet respondem pela maior parte das dívidas, mostra SPC Brasil
A inadimplência está concentrada entre os brasileiros com idade de 30 anos, aponta estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em conjunto com a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL).
Em junho, a maior parte das dívidas se concentrou em contas de telefone, tv por assinatura e internet. No mês em questão, o contingente de pessoas que atrasaram o pagamento de suas contas cresceu 3,21%, na comparação com igual mês do ano passado.
Ainda assim, na margem, a inadimplência total teve a menor expansão anual desde 2011, início da série histórica revisada da instituição. O número de negativados caiu de 59,25 milhões, em maio, para 59,1 em junho.
Para um balanço do semestre, mais de dois milhões de brasileiros passaram a fazer parte das listas de inadimplentes somente no ano de 2016, já que em dezembro de 2015 era contabilizado um total de 57,1 milhões de brasileiros com restrição do crédito.
O indicador não leva em consideração a região sudeste devido a entrada em vigor da Lei Estadual nº 15.659, conhecida como ‘Lei do AR‘, que dificulta a negativação de inadimplentes em São Paulo.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a desaceleração do indicador não pode ser interpretada como um sinal de que os consumidores com contas em atraso estão quitando suas dívidas, mas como um reflexo do crédito mais restrito.
“Os juros elevados, a inflação corroendo o poder de compra e a perda de dinamismo do mercado de trabalho tornam os bancos e os estabelecimentos comerciais mais rigorosos e criteriosos na política de concessão de financiamentos e empréstimos, o que implica em uma menor oferta de crédito na praça. Por sua vez, essa menor oferta de crédito funciona como um limitador do crescimento da inadimplência”, diz Pinheiro.
A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, analisa que, por ora, é precipitado atribuir os sinais de estabilidade da inadimplência ao desempenho da economia.
“O freio na trajetória da inadimplência sucede um período em que o número de devedores cresceu muito rapidamente em virtude da crise econômica”, diz.
O balanço do semestre, ao apontar dois milhões de novos negativados apenas neste ano, é prova disso, explica Marcela. “Agora, porém, a dificuldade de equacionar o orçamento começa a deparar-se com o limite do estoque de crédito. Desse modo, o indicador mostra certa acomodação do número de inadimplentes. Ou seja, quem está com o nome sujo não consegue recuperar crédito, mas há também menos brasileiros se endividando”, diz a economista.
Matéria: Diário do Comércio
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