O influenciador e humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, foi preso pela Polícia Civil na manhã deste domingo na praia de Jurerê, em Santa Catarina. A prisão foi realizada por determinação da Justiça do Rio Grande do Sul, após investigações que apontam Nego Di como suspeito de envolvimento em um esquema de estelionato.
Nego Di, natural de Porto Alegre, ganhou notoriedade nas redes sociais e no cenário do humor brasileiro. Ele ficou conhecido por seus vídeos humorísticos e sua participação em reality shows, onde conquistou uma grande base de seguidores. Seu estilo irreverente e suas críticas sociais sempre atraíram a atenção do público, mas agora ele se vê no centro de uma polêmica criminal.
Conforme a Polícia Civil gaúcha, Nego Di teria lesado pelo menos 370 pessoas, promovendo a venda de produtos através de uma loja virtual. Os itens nunca foram entregues aos clientes, caracterizando o golpe. Durante uma coletiva de imprensa no Palácio da Polícia, em Porto Alegre, as autoridades afirmaram possuir “um farto material probatório de estelionato” contra o influenciador, incluindo documentos, transações financeiras e comunicações.
A loja virtual, denominada Tadizuera operou entre 18 de março e 26 de julho de 2022, quando a Justiça determinou que ela fosse retirada do ar.
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Anderson Bonetti, apontado como sócio de Nego Di no negócio, é considerado foragido e segue sendo procurado pela polícia. O caso ganhou ainda mais destaque na última sexta-feira (12), quando Nego Di foi alvo de uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul por suspeita de lavagem de dinheiro envolvendo rifas virtuais promovidas em redes sociais.
Após ser preso, Nego Di participou de uma audiência de custódia e foi transferido para o Rio Grande do Sul, chegando por volta das 22h na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan). Em nota, a defesa de Nego Di afirmou que “está tomando todas as medidas legais cabíveis”, ressaltando a importância do princípio constitucional da presunção de inocência, “que assegura a todo cidadão o direito de ser considerado inocente até prova em contrário”.
Nos últimos anos, Nego Di ampliou sua presença digital, acumulando milhões de seguidores no Instagram e no YouTube. Ele também lançou um podcast de sucesso e participou de diversos programas de televisão. Seu impacto na cultura pop brasileira é inegável, mas as acusações atuais colocam em xeque sua reputação e sua carreira.
As autoridades estão investigando a fundo os detalhes do esquema de estelionato. A loja virtual promovida por Nego Di atraía consumidores com ofertas irresistíveis, mas os produtos nunca eram entregues. As vítimas relatam terem perdido valores significativos, e a polícia trabalha para identificar e rastrear o destino do dinheiro arrecadado.
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Especialistas em direito digital e crimes cibernéticos alertam para a importância de maior vigilância e regulamentação no comércio eletrônico para prevenir fraudes semelhantes. O caso Nego Di serve como um lembrete das vulnerabilidades presentes no ambiente online, onde golpistas podem explorar a confiança dos consumidores.
O caso está gerando grande repercussão nas redes sociais e na mídia, com muitos seguidores do influenciador expressando choque e incredulidade. Enquanto isso, outros destacam a necessidade de aguardar o desenrolar das investigações antes de tirar conclusões precipitadas.
Continuaremos acompanhando o desenrolar dessa história e traremos atualizações conforme novas informações forem divulgadas pela polícia e pela defesa. A prisão de Nego Di marca um ponto de inflexão na sua carreira e levanta questões importantes sobre a responsabilidade de influenciadores digitais no uso de sua plataforma.