Na quarta-feira (1°), foi publicado pelo Governo Federal decreto que altera a contagem do tempo de contribuição para aposentadorias do INSS. A mudança que está no decreto é que não serão mais contados os dias exatos de trabalho, somente os meses.
O que vai ajudar se uma pessoa for demitida no meio do mês, terá no cálculo da aposentadoria o mês todo (exemplo: a demissão aconteceu em 15 de abril, terá todo o mês incluído no cálculo da aposentadoria).
Alteração na contagem do tempo de contribuição para aposentadorias
Antes de acontecer a Reforma da Previdência, se contava o tempo de contribuição de acordo com os dias exatos trabalhados. Só se contabilizava o mês que foi trabalhado por 30 dias. Entretanto, com a atual mudança, se uma pessoa trabalhou em uma empresa de 16 de julho a 15 de setembro, ela terá computados 3 meses, mesmo tendo trabalhado, na verdade, apenas 62 dias.
Porém, nesse novo modelo de contagem, será necessário que a remuneração do empregado, que é a base previdenciária, seja igual ou maior do que o salário mínimo de R$ 1.045 (levando em conta o atual salário). o INSS ainda precisa emitir uma instrução normativa sobre essa alteração e os sistemas precisarão estar adaptados.
O decreto diz que a nova contagem de tempo de contribuição passa a valer após 13 de novembro de 2019.
Vantagens e desvantagens
A principal vantagem para o trabalhador será a possibilidade de se aposentar antes. Mas, como nem tudo são flores, deverá acontecer uma redução no valor da aposentadoria. O motivo da redução, é porque o INSS desconsidera os salários mais baixos no cálculo do valor da aposentadoria, mas, ao incluir a nova contribuição, sobretudo de um salário bem menor, a média salarial de quem tem salários maiores com certeza será afetada.
Trabalhadores intermitentes
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Essa categoria recebe por hora trabalhada, sendo assim, poderão receber menos do que um salário mínimo, será necessário que eles façam um complemento da contribuição para que o mês conte como tempo de contribuição. O trabalhador intermitente precisará contribuir sobre a diferença entre o salário recebido e o valor do salário. Quanto menos ele receber, mais terá que pagar ao INSS.