Os investidores brasileiros voltaram com força à bolsa brasileira nos últimos dias. Com Biden eleito presidente nos Estados Unidos e notícias positivas em relação à vacina contra a Covid-19, os investidores saíram em busca de boas oportunidades no Brasil. Mas esse movimento pode ter um prazo de validade.
Para conquistar investimentos por longo prazo, será preciso que o governo realize uma série de medidas que indiquem que o país está caminhando para uma recuperação econômica de fato.
Um relatório da Instituição Fiscal Independente (IFI), publicado pelo E-Investidor, mostra que seria possível abrir espaço de R$ 40,4 bilhões no orçamento em 2021 e 2022, o que equivale a 0,5% do PIB, a partir de medidas de contenção de despesas com pessoal previstas no teto de gastos.
De acordo com Rossano Oltramari, estrategista e sócio da 051 Capital, os investidores têm receio de que o governo perca o controle da questão fiscal. “O mercado tem medo de que o governo comece a perder o controle de gastos públicos.
Tivemos um aumento grande desses gastos na pandemia. Passando o período pandêmico, os investidores vão questionar ainda mais essa responsabilidade fiscal por parte do governo”, explica.
É importante também, segundo o especialista, que o governo tome mais medidas que agradem o mercado, como as privatizações, que não têm acontecido na velocidade esperada.
“O mercado espera um processo de privatização mais intensa. Era uma promessa de Paulo Guedes e isso tem frustrado investidores.
A privatização é vista com bons olhos pelos investidores. Esse conjunto de coisas andando vai trazer mais fluxo de investidor estrangeiro para o Brasil. Em resumo, a economia andando, a bolsa vai andar também“, comenta.
Além disso, para que os investimentos comecem a retornar no longo prazo, é fundamental, segundo Rossano, que haja reformas.
“Se reformas começam a andar, os investidores percebem que o governo está se comprometendo com a questão a fiscal, as privatizações ocorrendo, os investimentos na economia real irão acontecer naturalmente, principalmente em infraestrutura. As empresas já vem fazendo seu dever de casa, investindo e apresentando bons resultados”, diz.
Em relação à questão tributária, o ministro da economia Paulo Guedes defendia a criação de um imposto digital, aos moldes da antiga CPMF.
Após críticas, a ideia acabou sendo engavetada. Para Rossano, o sistema tributário precisa ser modernizado: “Nosso sistema tributário é da década de 60. De lá para cá, a economia mudou muito, precisamos de uma atualização.
Sou completamente contra o aumento da carga tributária. Não existe espaço para aumento de impostos, mas sim substituição tributária, modernização“, complementa.
Por Rossano Oltramari: Com mais de 20 anos de experiência no mercado, é estrategista e um dos sócios da 051 Capital, gestora especializada em alocação de recursos e planejamento patrimonial com R$ 2 bilhões sob custódia.
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