Entre as consequências provocadas pelo período de pandemia global, o setor trabalhista certamente foi um dos mais impactados pela importância de se introduzir o distanciamento social como método eficaz de frear a disseminação do novo coronavírus.
Os reflexos desse triste acontecimento tornaram necessárias medidas de contenção por parte das autoridades, que flexibilizaram a relação contratual entre os componentes de uma empresa.
Essa situação atípica concedeu ares de urgência para que o gestor apoie suas decisões em informações seguras, retiradas de análises de dados consolidados internamente.
Para atingir esse estágio de efetividade operacional, o líder deve repensar a presença de recursos tecnológicos em seu ambiente de negócio.
Não basta introduzir a inovação e esperar que ela resolva todos os problemas automaticamente.
A tecnologia otimiza processos, estrutura departamentos e abre espaço para que uma cultura orientada à inteligência analítica passe a fundamentar escolhas e redirecionar equipes.
Inclusive, é neste cenário que o Business Intelligence se personifica em uma filosofia de trabalho favorável à tomada de decisões respaldadas por dados.
Como resultado, a empresa terá todas as condições de assumir relações produtivas com os funcionários, evitando empecilhos e possíveis dores de cabeça.
A presença conciliadora da tecnologia
À primeira vista, é comum entender a implementação tecnológica como uma transição processual dentro das organizações.
No entanto, deve-se compreender a extensão de possibilidades ligadas à inovação. Afinal, a abrangência de plataformas automatizadas não só reformula procedimentos, como transforma a cultura organizacional em sua totalidade.
Não há como esperar que uma empresa alheia à transformação digital obtenha a segurança ideal para conduzir ações estratégicas, seja internamente ou voltadas para o âmbito externo.
Estratégias com o uso do BI são capazes de inserir um melhor aproveitamento da tecnologia na rotina empresarial.
Antes de priorizarmos a tomada de decisão, é imprescindível sustentar pilares de governança favoráveis à mentalidade de que a máquina chegou para potencializar o protagonismo humano e não o retirar da linha de frente.
Sobre o plano de fundo proposto pelo Governo Federal
Com duração definida até 31 de dezembro de 2020, o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm) foi elaborado com o intuito de flexibilizar contratos de trabalho e fornecer uma espécie de complemento de renda aos cidadãos, mais especificamente nos que se enquadrarem em acordos que representem redução proporcional de jornada de trabalho e de salário, além da suspensão temporária do contrato.
Devido à novidade, companhias tiveram de adaptar processos às exigências legais previstas no texto publicado no Diário Oficial da União.
Recentemente, o governo estendeu, de dois para cinco dias, o prazo para que os empregadores informem ao Ministério da Economia qualquer tipo de modificação relacionada a acordos de suspensão de contratos e redução de salários e jornada.
A finalidade é uma só: oferecer mobilidade para que sejam encaminhadas alterações realizadas entre o empregador e o empregado.
Na prática, isso indica uma grande oportunidade de se aprimorar a gestão de pessoas a fim de evitar imprevistos prejudiciais para a saúde interna da empresa.
Qual é o peso da tomada de decisão e como ela se relaciona com os dias de hoje?
A jornada de trabalho sempre foi um elemento delicado sob a ótica do gestor. Trata-se de uma etapa que carrega uma série de variáveis e situações respaldadas legalmente que tornam incerto o campo de relacionamento entre as partes interessadas.
As atualizações ocasionadas pelo contágio do vírus serviram de incentivo para que o cenário atingisse um novo patamar de complexidade.
Hoje, mais do que nunca, a tomada de decisão precisa superar a intuição como fator condicional único e estender seus artifícios para a análise de dados.
Entre oportunidades de se flexibilizar contratos e encontrar os meios mais adequados de se conduzir a gestão de pessoas, principalmente se levarmos em conta as adversidades ainda remanescentes de uma crise sanitária generalizada, as empresas não possuem o privilégio de flertar com ações equivocadas.
Por isso, a relevância de se construir um planejamento estratégico no qual a tomada de decisão é resultante de processos analíticos concebidos a fim de levantar informações confiáveis sobre as relações trabalhistas.
No fim, todos os envolvidos se beneficiam do uso consciente dos insumos produzidos pela tecnologia.
Qual é a sua opinião sobre a tomada de decisão e a situação trabalhista atual?
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Por Guilherme Tavares é CEO do Centro de Serviços Compartilhados (CSC) do Grupo Toccato, especialista em Gestão Empresarial, com pós-graduação em Marketing e Geoprocessamento e graduação em Publicidade e Propaganda.