De acordo com dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2023, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, havia 10,9 milhões de jovens de 15 a 29 anos que não estudavam nem trabalhavam, representando 22,3% da população nessa faixa etária.
Os jovens “nem-nem” são mais comuns entre as mulheres (43,3%), pretos e pardos (67,7%) e moradores das regiões Norte e Nordeste (30,1%).
Os dados revelam ainda que, em 2022, 4,7 milhões de jovens não estavam buscando emprego e não demonstravam interesse em trabalhar.
Desse contingente, mais de 2 milhões eram mulheres dedicadas a afazeres domésticos ou cuidados familiares.
Os resultados da pesquisa destacam um preocupante risco de vulnerabilidade juvenil, considerado mais alarmante do que a taxa de desocupação em si.
Isso se deve ao fato de que esses jovens não estão adquirindo experiência profissional nem obtendo qualificação, o que pode comprometer suas perspectivas ocupacionais no futuro.
Dentre o total de 10,9 milhões de jovens que não estão estudando nem ocupados, 61,2% pertenciam à condição de pobreza.
No grupo dos jovens pobres que não estudavam nem estavam ocupados, 47,8% eram mulheres pretas ou pardas.
Segundo especialistas, as razões e a proporção de jovens que não estão estudando e trabalhando variam de acordo com a renda familiar.
Essa situação afeta principalmente as mulheres de famílias mais pobres, que interrompem os estudos e optam por não ingressar no mercado de trabalho para se dedicarem a atividades domésticas e cuidados com filhos e outros familiares.
Por outro lado, nas famílias mais abastadas, os jovens que não estão estudando e trabalhando geralmente concluíram recentemente a educação básica e estão se preparando para ingressar na faculdade.
Esse grupo costuma aproveitar um período sabático para descansar e participar de intercâmbios antes de iniciar o ensino superior, apresentando uma realidade totalmente diferente.
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Conforme apontam os especialistas, é crucial implementar políticas públicas que estimulem a contratação desses jovens pelas empresas, ao mesmo tempo em que incentivem seu retorno aos estudos, seja para concluir a educação básica ou buscar capacitação em cursos específicos.
Projetos que promovam a inserção no primeiro emprego são considerados benéficos, desde que haja precaução para evitar a precarização das condições de trabalho desses profissionais.
É fundamental garantir que tais iniciativas proporcionem oportunidades dignas e promovam o desenvolvimento adequado dos jovens no ambiente profissional.
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