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Lançamento do sistema PIX visa um impacto expressivo no setor bancário brasileiro

por Wesley Carrijo
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PIX banco Central

Pesquisas apontam que no ano passado, os cidadãos brasileiros ganharam cerca de R$ 2,2 bilhões em processamento de TED/DOC, além de outros R$ 5 bilhões em emissão de boletos e, aproximadamente R$ 35 bilhões em taxas de manutenção de contas correntes.

No sentido de viabilizar todas essas ações, haverá a implementação do PIX e do Open Banking. 

Muitos já estão cientes sobre o lançamento de um sistema de pagamentos instantâneos denominado PIX, para o mês de novembro, promovido pelo Banco Central (BC) no intuito de causar um impacto expressivo no setor bancário brasileiro.

Com ele, as transferências de dinheiro serão tão simples quando mandar uma simples mensagem de texto.

Contudo, algumas pessoas questionam o real motivo do BC disponibilizar este sistema agora.

Portanto, observa-se que, o Banco Central elaborou o PIX com base em quatro premissas: disponibilidade (24/07), velocidade (liquidação em segundos), conveniência (experiência única direcionada ao usuário), segurança, multiplicidade de casos de uso (transferências e pagamentos de qualquer natureza e quantias para pessoas físicas ou jurídicas), todos os aspectos no intuito de promover agilidade para o mercado, além de aumentar o número de acessos. 

Com a liberação do programa, todo e qualquer cliente de instituição bancária, cartões de crédito, adquirentes, empresas, estabelecimentos comerciais, consumidores, fintechs, startups, além de toda a cultura atribuída ao uso do dinheiro físico será alterada.

A lista é extensa e complexa, entretanto, há indícios de que, o PIX poderá atuar de maneira semelhante à TED/DOC, incluindo boletos, mas, com custos reduzidos. 

Sendo assim, a redução nas taxas permitirá a observação de consumidores preparados a pagar menos em taxas de manutenção.

Além disso, estima-se que, o PIX poderá causar impactos para bandeiras adquirentes.

Também há a possibilidade de ocorrer uma queda no volume total de transações na modalidade de débito, visando a substituição pelo PIX.

Contudo, é importante considerar que também se trata do impacto de uma cultura, que pode levar dias ou anos. 

No que se refere às transações dos cartões de crédito, não há muitas abordagens sobre ameaças causadas pelo PIX às bandeiras.

Por outro lado, se as fintechs e demais instituições bancárias decidirem elaborar produtos funcionais e similares ao cartão de crédito, e com o principal, custos menores ao lojista e valores equivalentes aos usuários, será possível observar o impacto do programa em volumes transacionados.

Isso porque, a taxa de desconto das maquininhas (MDR), bem como, as tarifas das bandeiras de cartões podem ser alteradas o que auxiliará tanto os estabelecimentos comerciais quanto os consumidores. 

No caso das empresas receptoras das transações, caso a economia e agilidade atribuída ao PIX se mostrem ser mais viáveis, será possível notar a aparição de novos procedimentos voltados para a melhoria das margens, estímulo da competitividade, além de preços mais chamativos para os consumidores.

No geral, os empreendimentos que apresentarem um grande volume de transações realizadas através do cartão, como fretes e pedágios, terão a possibilidade de promover melhorias na experiência do cliente e/ou assegurar a disseminação de toda uma cadeia de modo ágil e simples, resultando em uma eficiência operacional e inclusão de novas oportunidades. 

As empresas que possuem usuários que se relacionam digitalmente através de mobile ou desk, como fabricantes de produtos eletrônicos, softwares e portais/marketplaces, o PIX pode ser uma alternativa de se aproximar e fidelizar os clientes.

Um bom exemplo é a oportunidade que será promovida pelo PIX, que possibilitará uma startup segmentada a viabilizar, de modo claro, seguro e barato, a execução de pagamentos dentro do ambiente aos quais já estão inseridos, a fim de proporcionar uma experiência única.

De acordo com uma pesquisa da Boanerges & Cia, há uma estimativa de que, em 2020, cerca de 29% dos pagamentos dos consumidores serão realizados em dinheiro, já em 2030, o percentual será reduzido para 15%.

Observa-se também, um volume de 50% sobre o numerário, o que, para os brasileiros, significa maior segurança, tendo em vista a grande quantidade de incidentes equivalentes a transportes de valores, agências e caixas eletrônicos. 

Muito além deste cenário, também é preciso considerar boa parte da população que não possui conta bancária, somente aquela disponibilizada pelo Governo em parceria com a Caixa Econômica Federal (CEF), para o recebimento do auxílio emergencial.

Com o PIX, será possível integrar ao menos parte destas pessoas para o universo bancário instantâneo, ou facilitar o uso daqueles já existentes. 

Acredita-se que, a ativação do PIX é algo cultural o qual o brasileiro precisa agregar aos hábitos.

Também há circunstâncias que ainda precisam ser comprovadas, bem como um cronograma a ser cumprido para compreender o real impacto do referido sistema.

Com base em um mundo conectado e voltado para o cliente, a torcida é para que os benefícios se sobressaiam através de pagamentos eficientes, transparentes e seguros.

Por Laura Alvarenga

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