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Logística reversa: o impacto para as empresas e o meio ambiente

por Wanessa
4 minutos ler
Imagem por @rawpixel.com / freepik

O Brasil ainda segue a passos lentos quando o assunto é o tratamento de resíduos e reciclagem. Foi só em 2010 que p Governo Federal sancionou a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12,305) com metas, normas e procedimentos para o embate com o problema do lixo no país.

Desde então, muitas empresas foram afetadas pela PNRS, já que ela sanciona um pacto entre poderes públicos, iniciativas privadas e a sociedade civil sobre o compartilhamento das responsabilidades pelo ciclo de vida dos produtos.

Além da implementação de um programa de gerenciamento ambiental, alguns segmentos também passaram a ser obrigados a operar seu próprio sistema de logística reversa. Esta prática, já muito comum nos países desenvolvidos, consista na elaboração de uma operação de recolhimento de produtos inutilizados e/ou suas embalagens pela empresa que os fabricou, importou ou distribuiu no mercado.

Assim acontece, por exemplo, com os fabricantes de pneus, lâmpadas fosforescentes, pilhas, baterias, agrotóxicos, óleos lubrificantes e artigos eletroeletrônicos.

Nota-se que os produtos listados têm um potencial de impacto ambiental muito elevado e por isso foram os primeiros a serem designados pela PNRS a realizar a logística reversa:  enquanto um pneu pode levar até 600 anos para se decompor, uma única pilha comum descartada de maneira inadequada é capaz de poluir irreversivelmente milhares de litros de água.

No entanto, a logística reversa é uma tendência que já está presente em grandes empresas de diversos segmentos, principalmente marcas que, além de desempenharem um importante papel na preservação ambiental, também têm uma visão apurada e estratégica de suas ações comerciais.

Marketing verde

Atualmente, as empresas em dia com suas consultorias de marketing sabem que desenvolver um excelente produto ou serviço é apenas uma exigência básica para o mercado. Atualmente, os consumidores, cada vez mais engajados e conscientes procuram, além da satisfação de consumo, posicionamento das marcas quanto suas políticas sociais e ambientais.

Neste escopo, a logística reversa já é aplicada por empresas que emitem resíduos menos perigosos do que os listados como regra de operação pela PNRS.

Pensando em sua identidade de marca, companhias de cosméticos, cervejas, produtos farmacêuticos, confecções e até a indústria de alimentos enxergou na logística reversa um meio de comunicação direta com seu consumidor.

Muitas empresas que avaliam tomar esta política ambiental entre outras medidas para impactar por consumidores mais segmentados, com poder considerável e critérios de consumo cada vez mais inflexível. Aqui a logística reversa desempenha uma ação visível para além das questões operacionais, mostrando que a corporação se dedica a melhorias na qualidade de vida das pessoas e do planeta.

Incrementos de receita  

É importante ressaltar que sistema de logística reversa depende de um apurado sistema de gestão de resíduos, capaz de cortar custos operacionais e impactar positivamente a receita, além de evitar transtornos com a legislação vigente.

As empresas podem, inclusive, direcionar seus resíduos formados ainda na cadeia produtiva e monetizar este material. Quem enxergou esta lacuna foi a VG Resíduos, responsável pela plataforma Mercado de Resíduos.

A startup conecta emissores e tratadores em uma espécie de leilão de resíduos industriais: a empresa anuncia a origem e quantidades de resíduos e as empresas especializadas no manejo e tratamento o adquirem para, posteriormente, devolvê-los à ponta da cadeia produtiva como matéria-prima.

Seja via logística reversa, reciclagem ou comercialização de refugos, o que poderia ser somente lixo se transforma em insights e oportunidade para os negócios dos mais variados segmentos.

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