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Mais de 7 milhões de pessoas tiveram seu FGTS depositado errado

Mais de 7 milhões de trabalhadores não tiveram o depósito do FGTS feito corretamente e, agora, virou um problemão sacar o dinheiro das contas inativas. Quase 200 mil empresas estão devendo.

Os trabalhadores têm que correr, falar com o empregador e cobrar o depósito dos valores atrasados. Outro caminho: procurar o sindicato da categoria ou ainda uma superintendência regional de trabalho.

A primeira semana de horário estendido nas agências da Caixa foi movimentada. Muita gente querendo informações sobre as contas inativas. No sábado (18) as agências abriram entre 9h e 15h só para tirar dúvidas.

“Eu estou esperando encontrar o saldo real, porque o aplicativo da Caixa tem um valor e o extrato completo tem outro. Uma diferença de mais de R$ 10 mil. Eu espero resolver isso”, disse o professor José Luís Arruda.

Enquanto alguns comemoram o dinheirinho extra que vai entrar, outros lamentam. Tem gente descobrindo agora que a empresa onde trabalhou por algum período não depositava ou deixou de depositar o FGTS em algum momento. É uma frustração.

“É muito injusto. Trabalhou, se tem o direito de receber, espero não ficar no prejuízo”, disse Edna Araújo Galdino” que trabalha com serviços gerais.

É, mas isso as vezes acontece. Mais de sete milhões de trabalhadores brasileiros não tiveram o depósito do FGTS feito corretamente, de acordo com a  Procuradoria-Geral da Fazenda. E mais 198 mil empresas estão sendo cobradas porque devem FGTS. Isso inclui contas ativas, de trabalhadores que ainda têm vínculo com essas empresas, e também contas inativas, de quem pediu demissão e agora tenta receber o dinheiro.

Tem outra situação que começa a preocupar trabalhadores de várias cidades do país que estão tentando consultar o saldo de contas inativas. É que, em alguns casos, a conta existe, mas está com alguma inconsistência, está faltando alguma informação da empresa que contratou, como a data de encerramento do contrato. Se o trabalhador não conseguir apresentar um documento que prove o fim do vínculo empregatício, ele pode não conseguir sacar o dinheiro que é dele. Uma informação que desanimou o autônomo Pedro Henrique Ramos.

“Essa primeira empresa que eu trabalhei já nem existe mais. Então, se tiver que procurar essa empresa, vou procurar quem?”, disse o autônomo.

O encarregado de instalações Vantuir da Silva enfrentou fila para consultar os saldos e descobriu que tem algumas contas inativas, mas viu que um empregador antigo não deu baixa na carteira dele. Saiu da Caixa ressabiado.

“Aliviado de um lado e preocupado por outro, porque agora você ir atrás de algo que você ainda não sabe se existe é complicado”, queixou-se Vantuir.

Para quem descobriu que a empresa não depositou o FGTS, a orientação do governo é tentar, primeiro, procurar o empregador e cobrar o depósito dos valores atrasados. Se não der certo, procurar o sindicato da categoria ou uma Superintendência Regional de Trabalho, que é ligada ao Ministério do Trabalho e que tem a responsabilidade de fiscalizar as empresas.

O gerente nacional do FGTS, Henrique Santana, diz o que o trabalhador que não tem o documento de rescisão e nem a baixa do emprego na carteira deve fazer para ter direito a sacar o dinheiro.

“Se ele procurar a Superintendência Regional do Ministério do Trabalho, (pisca) vai poder gerar um documento que ele pode levar inclusive para uma agência da Caixa para que a gente possa inserir a informação no cadastro do Fundo de Garantia.

José Luís, que o Bom Dia Brasil mostrou no início da reportagem procurando a Caixa no fim de semana, descobriu que é mais um que vai ter que correr atrás de um antigo patrão para tentar receber o FGTS que não foi depositado. Via O Globo

Ricardo de Freitas

Ricardo de Freitas possui uma trajetória multifacetada, ele acumula experiências como jornalista, CEO e CMO, tendo atuado em grandes empresas de software no Brasil. Atualmente, lidera o grupo que engloba as empresas Banconta, Creditook e MEI360, focadas em soluções financeiras e contábeis para micro e pequenas empresas. Sua expertise em marketing se reflete em sua obra literária: "A Revolução do Marketing para Empresas Contábeis": Neste livro, Ricardo de Freitas compartilha suas visões e estratégias sobre como as empresas contábeis podem se destacar em um mercado cada vez mais competitivo, utilizando o marketing digital como ferramenta de crescimento.

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