Antes de começarmos a explicar a análise de crédito numa operação de empréstimo para MEI, vamos salientar que iniciar um negócio no Brasil demanda muita dedicação, perseverança e recursos.
Quando você se torna MEI, você obtém seu CNPJ e com ele pode abrir uma conta empresarial em qualquer banco.
O empreendedor que não conta com os próprios recursos financeiros para alavancar seu negócio, pode buscar fontes de crédito em bancos, financeiras, fintechs, e outros.
Mas, assim como em toda operação de crédito, há uma análise de perfil que aprova ou não a operação.
Com a descentralização do sistema bancário e a entrada de novos concorrentes, muitas instituições financeiras facilitaram a obtenção de linhas de crédito para Microempreendedores Individuais, os chamados MEIs.
Hoje em dia já são mais de 150 linhas oferecidas, algumas novas e outras simplesmente com condições especiais.
Conheça as opções de crédito MEI aqui.
Apesar da ampla oferta, não são todos os bancos que oferecem empréstimos para esse público, alguns bancos estão focados no atendimento de grandes empresas, por exemplo.
O procedimento para fazer empréstimos como microempreendedor é praticamente igual ao processo para solicitar qualquer tipo de empréstimo.
A etapa mais importante é a que o MEI deve pesquisar as ofertas, fazer simulações e comparar as opções para encontrar a que for mais conveniente para seu negócio.
Após a análise e identificação da melhor opção, o passo seguinte é o envio de documentos para que a análise de crédito seja feita.
Esses documentos são, normalmente, os comprovantes da sua situação como microempreendedor – o CNPJ, seus documentos pessoais e comprovantes de residência.
Fundamental citar que o MEI deve estar em dia com o impostos para solicitar um empréstimo.
Dependendo do tipo de empréstimo e do valor que você solicite, outros documentos podem ser solicitados para a análise.
A análise de crédito é uma ferramenta vital para as entidades financeiras conseguirem avaliar se potenciais clientes, pessoas físicas ou jurídicas, têm capacidade econômica para pagar e quitar os valores solicitados.
Além disso, a análise possibilita mensurar o risco de uma transação financeira, o que é essencial para se delimitar a taxa de juros empregada no crédito – quanto maior o risco, maior os juros.
A análise de crédito resulta num valor chamado “nota de crédito” (ou score de crédito).
Esse valor vai de 0 a 1.000 e quanto maior, melhor.
As faixas utilizadas pelos bancos para classificar os clientes, sejam pessoas físicas ou jurídicas, costumam ser as seguintes:
– Até 300 pontos — risco alto;
– De 300 a 700 pontos — risco médio;
– Acima de 700 pontos — risco baixo.
No caso do MEI, a análise de crédito é muito parecida com a análise de crédito pessoal.
Lembre-se que por trás de todo MEI há uma pessoa física.
E uma pessoa física com uma “nota de crédito” baixa, acaba influenciando na nota da pessoa jurídica.
Portanto, o primeiro passo para melhorar sua análise de crédito enquanto MEI e ter um bom histórico no seu CPF.
2. Análise da capacidade que a empresa possui para honrar seus compromissos, visando identificar quanto do faturamento dela está livre para ser usado no pagamento de dívidas. Em outras palavras, se já houver outras dívidas em nome da empresa, a nota de crédito cai, assim como a chance de aprovação de um novo empréstimo.
3. Consulta e busca de informações nos órgãos de proteção ao crédito com o objetivo de checar registros que mencionam obrigações e dívidas anteriores não quitadas.
4. Avaliação da situação financeira do dono/sócio da empresa. Como dissemos acima, um empreendedor com baixa nota de crédito em seu CPF, impacta negativamente em seu CNPJ. E o contrário também é verdadeiro.
Vale destacar que a profundidade da avaliação depende do valor solicitado.
Dessa forma, quanto menor a quantia, mais rápida e a análise e menos informações se pede.
Quando o assunto é liberação de linha de crédito, as instituições financeiras costumam ser bem criteriosas.
Independente disso, dependendo da instituição, pode ser que, mesmo com uma nota baixa, sua MEI passe pela análise de crédito e o empréstimo seja autorizado.
No entanto, como esse cenário significa alto risco para quem empresta o recurso, a compensação para o possível prejuízo é a cobrança de altas taxas de juros.
Por isso, o melhor é sempre possuir uma boa nota de crédito, seja na pessoa física ou na jurídica.
Vale lembrar que a nota de crédito é dinâmica.
Se sua empresa hoje está em dia com as obrigações e saudável financeiramente, terá uma boa nota.
Se amanhã você atrasa um pagamento, a nota cai na seqüência.
Quando você volta a ficar em dia, a nota volta a subir.
Com essas atitudes práticas você controla seu fluxo financeiro e mantém alto tanto sua nota pessoal de crédito quanto a nota de sua empresa.
Nas operações de crédito para MEIs, não se costuma pedir garantias tradicionais, como duplicatas ou imóveis por exemplo.
Como os valores de empréstimo são menores, o próprio proprietário da MEIs é o avalista da operação.
Obviamente, se sua empresa MEI consegue apresentar garantias (como recebíveis de cartão por exemplo) a chance de aprovação do empréstimo com juros menores, aumenta.
Ao entender como a análise de crédito de seu MEI é feita, quais pontos são considerados e como aumentar suas chances, fica mais fácil obter aprovação do seu pedido de empréstimo.
Não custa lembrar que o ideal é não solicitar empréstimos, o que acarretará juros, tarifas bancárias e outras taxas, mas sabemos que em muitas situações, essa possibilidade não existe.
Agora que você entendeu como funciona a análise de crédito MEI, conheça algumas opções de crédito para sua microempresa: Opções de Crédito MEI.
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Fonte: Conexão Financeira
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