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MEI precisando de dinheiro? BNDES prevê R$ 25 bi para MPEs em 2018

Os desembolsos de financiamentos do BNDES a micro e pequenas empresas (MPEs) deverão atingir este ano R$ 25 bilhões, com aumento de mais de 50% na comparação com os R$ 16,5 bilhões liberados em 2017. A meta é alcançar cerca de 550 mil empresas de menor porte, com receita operacional bruta de até R$ 4,8 milhões por ano.

A previsão é do diretor de operações indiretas do BNDES, Ricardo Ramos, que vem adotando conjunto de medidas para ampliar o acesso ao crédito, com redução de custos e agilização do processo de análise dos pedidos de financiamento. Ramos adiantou que o BNDES vai adotar taxa fixa nos financiamentos a pequenas empresas, unificando os spreads e os custos totais do crédito para este segmento de menor porte. A medida será anunciada em março e dará maior previsibilidade ao tomador do crédito, diz ele, em fase final de negociação da medida.

Além disso, o BNDES passará a compartilhar risco de crédito, de 30%, nas operações de capital de giro às MPEs, informou o diretor. Agentes financeiros do banco assumirão a parcela restante de 70%. Projeto piloto nesse sentido está sendo desenvolvido com instituições públicas de fomento: BRDE, BDMG e Desenvolve SP. O alvo é ampliar a oferta de crédito.

As iniciativas para incremento de operações com MPEs passam também pelo acordo de cooperação em financiamento, garantia de crédito e orientação empresarial firmado com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), no dia 17, e que poderá alavancar financiamentos de R$ 6 bilhões em dois anos, prevê o presidente da entidade, Guilherme Afif Domingos.

Um dos objetivos do acordo é agilizar a concessão de empréstimos com recursos do BNDES por meio de parcerias com “fintechs” (empresas de tecnologia financeira) em serviços de educação financeira, análise de crédito, alternativas financeiras e leilões reversos.

“Nossa batalha é desburocratizar o acesso ao crédito e obter melhores taxas de juros nos financiamentos”, diz Afif. Segundo ele, projeto piloto em microcrédito, com apoio de fintechs, será realizado em São Paulo, em parceria com a Desenvolve SP. O novo modelo será testado no atendimento a comerciantes das favelas de Heliópolis e Paraisópolis.

Ramos acredita que, somados, a expertise do Sebrae, os recursos do banco de fomento e a tecnologia das fintechs, ajudarão a ampliar os serviços para as MPEs. “Educação financeira melhora a capacidade do pequeno empreendedor de pegar crédito.

BNDES e Sebrae lançaram na semana passada edital de consulta pública para conhecer melhor o universo das fintechs no país. Até 15 de março, o banco selecionará as startups e firmará parcerias para desenvolver serviços que possam se conectar com os mecanismos de apoio do Sebrae e com o Canal do Desenvolvedor MPME, do BNDES, – ambiente digital no qual o empresário identifica as linhas de crédito mais adequadas para o seu negócio, simula financiamentos, aponta os agentes financeiros de sua preferência, e encaminha a manifestação de interesse de financiamento para as instituições repassadoras.

Criado em junho de 2017, o canal de relacionamento do banco conta com 28 mil solicitações de financiamento de MPEs, com desembolsos de R$ 100 milhões, observa o diretor do BNDES, acrescentando que a ferramenta, além de melhorar o perfil de crédito da empresa, dá maior poder ao empreendedor na negociação das condições do financiamento.

Para Ramos, simplificação de processos e automação são elementos chave na modernização do modelo de negócios do banco no atendimento às MPEs. Para esse segmento, o banco já promoveu algumas simplificações, ao reunir o apoio em três grandes linhas: capital de giro, Finame (aquisição de máquinas e equipamentos) e Cartão BNDES. A medida facilitou o trabalho dos agentes financeiros e dos tomadores de crédito. O diretor garante que “com a automação de processos, o BNDES consegue autorizar em apenas três segundos as operações aprovadas pelos agentes financeiros”. Antes, eram necessários no mínimo cinco dias. Com Valor.

Ricardo de Freitas

Ricardo de Freitas possui uma trajetória multifacetada, ele acumula experiências como jornalista, CEO e CMO, tendo atuado em grandes empresas de software no Brasil. Atualmente, lidera o grupo que engloba as empresas Banconta, Creditook e MEI360, focadas em soluções financeiras e contábeis para micro e pequenas empresas. Sua expertise em marketing se reflete em sua obra literária: "A Revolução do Marketing para Empresas Contábeis": Neste livro, Ricardo de Freitas compartilha suas visões e estratégias sobre como as empresas contábeis podem se destacar em um mercado cada vez mais competitivo, utilizando o marketing digital como ferramenta de crescimento.

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