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Mercado reduz previsão da inflação para este ano. Confira!

Mercado reduz previsão da inflação para este ano. Confira!

30/10/2023 às 13h51 Atualizada em 30/10/2023 às 16h51
Por: Leonardo Grandchamp
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Imagem: pikisuperstar / freepik
Imagem: pikisuperstar / freepik

A projeção do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a medida oficial de inflação do país, registrou uma pequena queda, passando de 4,65% para 4,63% para o ano corrente. Essa estimativa foi apresentada no Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC) e reflete as expectativas das instituições financeiras em Brasília para os principais indicadores econômicos.

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No que diz respeito a 2024, a previsão de inflação permaneceu estável em 3,9%. Para os anos de 2025 e 2026, as projeções indicam um índice de 3,5% para ambos os anos.

Leia também: O que o Copom deve decidir sobre a taxa básica de juros? Confira!

A estimativa para o ano atual encontra-se acima do centro da meta de inflação estabelecida pelo BC, que é de 3,25% para 2023, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso significa que o limite inferior é de 1,75%, enquanto o limite superior é de 4,75%.

Conforme indicado pelo BC em seu último Relatório de Inflação, existe uma probabilidade de 67% de que o índice oficial ultrapasse o limite superior da meta em 2023. A previsão de inflação para 2024 também ultrapassa o centro da meta, que foi definida em 3%, mas ainda permanece dentro da faixa de tolerância de 1,5 ponto percentual.

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A alta nos preços dos combustíveis, em particular da gasolina, influenciou a inflação em setembro, resultando em uma taxa de 0,26% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse percentual representa um aumento em relação à taxa de agosto, que havia registrado uma alta de 0,23%.

A inflação acumulada neste ano atingiu 3,50%, enquanto nos últimos 12 meses, o índice alcançou 5,19%, superando os 4,61% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Juros básicos

O Banco Central, com o intuito de atingir a meta de inflação, utiliza a taxa básica de juros, conhecida como Selic, a qual foi estabelecida em 12,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

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Devido ao comportamento dos preços, o Banco Central tomou a decisão de reduzir os juros pela segunda vez neste semestre, seguindo um ciclo de cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Apesar da inflação ter apresentado um aumento na segunda metade do ano, essa elevação já era prevista pelos economistas.

No entanto, a ata da última reunião do Copom destacou a importância de manter uma política monetária contracionista para consolidar a convergência da inflação em direção à meta estabelecida para 2024 e 2025, bem como para ancorar as expectativas.

As incertezas nos mercados e as projeções de inflação acima da meta são preocupações que afetam a decisão do Banco Central em relação à taxa básica de juros.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom promoveu 12 aumentos consecutivos na Selic, iniciando um ciclo de aperto monetário como resposta ao aumento dos preços dos alimentos, energia e combustíveis. Durante um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano em sete reuniões consecutivas.

Antes do início desse ciclo de aumento, a Selic havia sido reduzida para 2% ao ano, atingindo o ponto mais baixo desde o início da série histórica em 1986. Essa redução ocorreu devido à contração econômica gerada pela pandemia de COVID-19, com o Banco Central buscando estimular a produção e o consumo. A taxa permaneceu no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

As expectativas do mercado financeiro indicam que a Selic deve terminar 2023 em 11,75% ao ano. Para o final de 2024, a projeção é de uma taxa básica de juros de 9,25% ao ano. Já para 2025 e 2026, as estimativas apontam para uma Selic de 8,75% ao ano e 8,5% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom decide aumentar a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que tem impactos nos preços, pois juros mais elevados encarecem o crédito e estimulam a poupança. No entanto, os bancos também consideram outros fatores ao definir as taxas de juros cobradas dos consumidores, como o risco de inadimplência, a margem de lucro e as despesas administrativas. Portanto, taxas de juros mais altas também podem dificultar o crescimento econômico.

Por outro lado, quando o Copom opta por reduzir a Selic, a tendência é que o crédito se torne mais acessível, o que estimula a produção e o consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e fomentando a atividade econômica.

PIB e câmbio

As projeções das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano permaneceram em 2,89%.

No que diz respeito a 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de um crescimento de 1,5%. Para os anos de 2025 e 2026, o mercado financeiro prevê uma expansão do PIB de 1,9% e 2%, respectivamente.

Quanto à previsão para a cotação do dólar, ela se mantém em R$ 5 para o final deste ano. Já para o encerramento de 2024, a previsão é de que a moeda americana alcance o valor de R$ 5,05.

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