O termo ainda não é muito conhecido, mas o significado, sim.
Micromultinacionais são companhias menores que atuam como empresas globais.
Ou seja, se a empresa comercializa para fora do país, ainda que sem ser uma gigante do mercado, ela já é enquadrada como uma multinacional, só que, neste caso, “micro”.
Para Edson Mackeenzy, investidor de Startups e mentor de Negócios, existe um equívoco coletivo de que apenas grandes corporações, que faturam milhões de dólares por ano, possam operar globalmente.
Na realidade, é possível desenvolver e ter multinacionais de qualquer tamanho.
“O conceito de micromultinacional é uma forma de capacitar novos empreendedores a pensar, desde muito cedo, como eles podem ter uma mentalidade global, mesmo que ainda estejam agindo localmente”, explica Mackeenzy.
Ele lembra que, segundo os últimos dados do IBGE, divulgados no fim do ano passado, seis em cada 10 empresas fecham em apenas cinco anos de atividade.
Número alto, que poderia ser contornado. Por isso, ele destacou cinco motivos pelos quais as empresas deviam pensar na possibilidade de atuar fora.
Confira:
“Às vezes, o seu cliente ideal não está no lugar que você acha que ele está. O mundo está cada vez mais interligado. As conexões são globais. É possível falar com gente de todos os países através das redes sociais. Então porque não aplicar essa globalização na sua empresa?”, questiona Mack, como é mais conhecido.
Ele acrescenta que o Brasil, por possuir dimensões continentais, pode fazer com que o empreendedor se acomode ao mercado interno e esqueça de pensar no externo, onde podem estar melhores oportunidades.
“Muitos empreendedores brasileiros são atraídos pelo Vale do Silício, mas para quem vai enfrentar a concorrência, pode ser um suplício. Existem mercados tão grandes externamente e que podem pagar tão bem pelo seu produto que fixar apenas em um único país pode se tornar um obstáculo. Uma sugestão para internacionalizar seu negócio é voltar para a prancheta e fazer pesquisas para entender quais países poderiam aderir com facilidade ao seu produto. Mais opções trazem novas oportunidades”.
Quando você pensa e age globalmente, consegue trazer novidades com muita velocidade para seu próprio negócio.
Isso porque estimula o resto do time e essa cadeia de pensamento se transforma em busca por informações e inovações que, com a capacitação apropriada, podem ser aplicadas na empresa.
Outro estímulo à globalização é a contratação de funcionários, trainees ou estagiários de outros países.
Esse intercâmbio é extremamente rico para a empresa não apenas fomentar novas oportunidades, mas também para a cultura da companhia, tornando o ambiente mais diverso.
O processo de internacionalização de uma empresa conta com uma série de incentivos.
A conta é simples: precificando o seu produto em dólar ou em outra moeda, você pode ter reservas fora do Brasil e não ser tão prejudicado com a desvalorização do real.
Outro ponto é que a legislação vigente é muito mais benéfica à exportação do que à importação.
Existem países que oferecem incentivo fiscal para empresas, como, por exemplo, o Paraguai, que vem absorvendo muitas das nossas corporações têxteis e de brinquedos.
Para esses países, interessa a chegada de uma empresa de fora.
Isso gera empregos e renda à população. E para a empresa, é um ótimo atrativo já que ela consegue não só internacionalizar sua atuação, mas também ser mais competitiva dentro do seu mercado.
Por fim, Mackeenzy destaca que, muitas vezes, as pequenas e micro empresas passam mais credibilidade quando a atuação envolve mercados internacionais.
Afinal, com essa internacionalização, ela passa a imagem de uma empresa organizada, bem estruturada, capacitada e, principalmente, com visão de negócio.
Por Edson Mackeenzy, Investidor de Startups e mentor de negócios em busca de escalabilidade, aceleração e internacionalização. Atua como Diretor de Investimentos da TheVentureCity e é membro do conselho da IBS-Américas.
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