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Minirreforma trabalhista que tira direitos do trabalhador volta ser discutida

A minirreforma trabalhista rejeitada pelo Senado Federal pode voltar a ser discutida. Seu maior ponto polêmico é a proposta de uma nova modalidade de contrato de trabalho que afeta o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Aprovada pelos deputados mas rejeitada pelos senadores, a minirreforma entra novamente no radar do governo. O ministro Onyx Lorenzoni demonstra interesse em colocar novamente em pauta a discussão de uma nova forma de contrato de trabalho.

Lorenzoni acredita que as Leis da CLT estão atrapalhando as novas contratações. “A CLT é um importante muro de proteção para o trabalhador. […] Esse mesmo muro é um impeditivo para o ingresso no mercado de trabalho”.

O ministro deixou claro que o governo não desistiu e quer aprovar a minirreforma que irá provocar mudanças significativas nas leis trabalhistas.

Projeto da minirreforma trabalhista

Por que a proposta do governo provocou tantas críticas? A crítica está nas mudanças que vão tirar alguns direitos do trabalhador, principalmente em relação à previdência e ao FGTS.

O governo apresentou três programas que estão incluídos na minirreforma, porém, somente o Priore (Programa Primeira Oportunidade e Reinserção no Emprego) dava ao trabalhador um vínculo empregatício. Os outros dois tiram do trabalhador os direitos garantidos na CLT.

O fato de permitir que o trabalhador exerça uma atividade trabalhista sem carteira assinada foi o ponto alto para a rejeição dos senadores à proposta de mudanças do governo.

O texto do governo previa três programas: o Priore, que quer desonerar a contratação de jovens de 18 a 29 anos e pessoas com mais de 55 anos, o Requip, que concede bolsas de qualificação para os profissionais mais jovens ou aqueles que estão há muito tempo fora do mercado de trabalho, e o serviço social voluntário, pelo qual prefeituras terão flexibilidade para absorver mão de obra jovem ou com mais de 50 anos.

Na quarta-feira, 1° de setembro, o Senado rejeitou, por 47 a 27, a Medida Provisória da “minirreforma” trabalhista – a MP 1.045 – que havia sido aprovada na Câmara. O texto dava permissão para contratações com exclusão de direitos, redução de salários e jornadas, similar à ideia embutida na chamada “carteira verde e amarela”, que foi derrotada no ano passado.

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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