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Ministro da Economia diz que auxílio de R$ 300 não será estendido

por Jorge Roberto Wrigt
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (23) que não existe a possibilidade do governo prorrogar o auxílio emergencial, que começou a ser concedido em maio, aos desempregados e trabalhadores informais que foram atingidos pela pandemia do novo coronavírus.

auxilio emergencial

Durante um evento virtual que foi promovido por uma empresa de investimentos, Paulo Guedes disse que está havendo uma pressão política para que o auxílio emergencial seja prorrogado. Ele também afirmou que a área econômica está preparada para reagir “se houver uma segunda onda” da Covid-19.

“A ideia é que o auxílio emergencial se extingue no final do ano. A economia está voltando forte, a doença está descendo. Eu não estou dizendo duas ou três semanas. Eu estou dizendo, de 1,3 mil, 1,4 mil mortes diárias, a coisa caiu para 300, 250. Agora, parece que voltou para 350. É uma tragédia de dimensões imensas, é terrível essa epidemia que abateu sobre o Brasil […]. Contra evidência empírica, não há muito argumento. Os fatos são que a doença cedeu bastante e a economia voltou com muita força”, declarou.

Ele falou da pressão política para que haja uma prorrogação do auxílio emergencial para 2021.

“Do ponto de vista do governo não existe a prorrogação do auxílio emergencial. Evidente que há muita pressão política para isso acontecer. É evidente que tem muita gente falando em segunda onda, etc. e nós estamos preparados para reagir a qualquer evidência empírica. Se houver uma evidência empírica, o Brasil tiver de novo mil mortes, tiver uma segunda onda efetivamente, nós já sabemos como reagir, já sabemos os programas que funcionaram melhor”.

Parlamentares querem a prorrogação do auxílio emergencial e do estado de calamidade pública

Os parlamentares acreditam que seria melhor prorrogar o auxílio emergencial por mais três meses. A decisão veio depois que o Governo Federal desistiu de implantar o Renda Cidadã, que substituiria o Bolsa Família.

O Renda Cidadã não conseguiu sair do papel, devido o governo não ter encontrado um caminho para conseguir recursos para manter o programa.

Para os parlamentares o bom seria a continuação do estado de calamidade pública, prorrogando o decreto, que terminará em 31 de dezembro de 2020. A intenção seria manter por mais três meses o auxílio emergencial de R$ 300.

O vice-líder do PSD no Senado, Vanderlan Cardoso (GO), que integra a base aliada e participa da comissão da reforma tributária é um dos políticos que defende a prorrogação do decreto de calamidade pública. No entanto, ele sabe que o governo é contra a prorrogação.

“Eu acredito que vai se estender por pelo menos mais dois ou três meses, pelo menos no início do ano. Essa pandemia até o fim do ano não vai diminuir assim, e o decreto é o caminho”, afirmou o senador.

Edição por Jorge Roberto Wrigt Cunha – jornalista do Jornal Contábil

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