O Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (23) que não existe a possibilidade do governo prorrogar o auxílio emergencial, que começou a ser concedido em maio, aos desempregados e trabalhadores informais que foram atingidos pela pandemia do novo coronavírus.
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Durante um evento virtual que foi promovido por uma empresa de investimentos, Paulo Guedes disse que está havendo uma pressão política para que o auxílio emergencial seja prorrogado. Ele também afirmou que a área econômica está preparada para reagir “se houver uma segunda onda” da Covid-19.
“A ideia é que o auxílio emergencial se extingue no final do ano. A economia está voltando forte, a doença está descendo. Eu não estou dizendo duas ou três semanas. Eu estou dizendo, de 1,3 mil, 1,4 mil mortes diárias, a coisa caiu para 300, 250. Agora, parece que voltou para 350. É uma tragédia de dimensões imensas, é terrível essa epidemia que abateu sobre o Brasil […]. Contra evidência empírica, não há muito argumento. Os fatos são que a doença cedeu bastante e a economia voltou com muita força”, declarou.
Ele falou da pressão política para que haja uma prorrogação do auxílio emergencial para 2021.
“Do ponto de vista do governo não existe a prorrogação do auxílio emergencial. Evidente que há muita pressão política para isso acontecer. É evidente que tem muita gente falando em segunda onda, etc. e nós estamos preparados para reagir a qualquer evidência empírica. Se houver uma evidência empírica, o Brasil tiver de novo mil mortes, tiver uma segunda onda efetivamente, nós já sabemos como reagir, já sabemos os programas que funcionaram melhor”.
Parlamentares querem a prorrogação do auxílio emergencial e do estado de calamidade pública
Os parlamentares acreditam que seria melhor prorrogar o auxílio emergencial por mais três meses. A decisão veio depois que o Governo Federal desistiu de implantar o Renda Cidadã, que substituiria o Bolsa Família.
O Renda Cidadã não conseguiu sair do papel, devido o governo não ter encontrado um caminho para conseguir recursos para manter o programa.
Para os parlamentares o bom seria a continuação do estado de calamidade pública, prorrogando o decreto, que terminará em 31 de dezembro de 2020. A intenção seria manter por mais três meses o auxílio emergencial de R$ 300.
O vice-líder do PSD no Senado, Vanderlan Cardoso (GO), que integra a base aliada e participa da comissão da reforma tributária é um dos políticos que defende a prorrogação do decreto de calamidade pública. No entanto, ele sabe que o governo é contra a prorrogação.
“Eu acredito que vai se estender por pelo menos mais dois ou três meses, pelo menos no início do ano. Essa pandemia até o fim do ano não vai diminuir assim, e o decreto é o caminho”, afirmou o senador.
Edição por Jorge Roberto Wrigt Cunha – jornalista do Jornal Contábil