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Ministro da Previdência quer a volta do Imposto CPMF

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, parece que deseja a volta do Imposto CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Ele afirmou nesta segunda-feira (22) que a CPMF  “é um imposto justo”. Também disse que seu ministério está avaliando uma possível retomada do tributo para financiar o sistema previdenciário brasileiro. 

No entanto, o ministro sabe que a volta da CPMF não depende só dele, a decisão será da área econômica que pode voltar com a tributação ou não.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

“Acho — e nisso vou contrariar muitos, porque dá muito desgaste, mas eu falo o que penso — que a CPMF é um imposto justo”, disse o ministro. “Porque cobra mais de quem circula mais o dinheiro, mas não é uma discussão isolada.”

A Confederação Nacional de Serviços apresentou a Lupi uma proposta sugerindo a volta da CPMF para financiar a Previdência. 

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O que foi a CPMF que o ministro quer de volta?

A Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) substituiu o Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF), que havia sido criado em 13 de julho de 1993, durante o governo de Itamar Franco, que tenha como ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso (FHC). O IPMF vigorou de 1º de janeiro de 1994 até 31 de dezembro de 1994, durante a implementação do Plano Unidade Valor de Referência (U.V.R.).

Tinha uma alíquota de 0,25% que incidia sobre os débitos lançados nas contas mantidas pelas instituições financeiras e transações gerais da economia. Inicialmente, pretendia-se que viesse a substituir o Imposto de Renda, uma vez que é um instrumento que atinge as chamadas “Grandes Fortunas Constitucionais”. Mostrou-se mais eficaz que o Imposto de Renda, pois gerava muito mais recursos.

No governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso, foi instituída a CPMF, que passou a vigorar em 23 de janeiro de 1997, com base na Lei nº 9.311, de 24 de outubro de 1996. 

A contribuição provisória foi extinta em 23 de janeiro de 1999, tendo sido substituída pelo IOF até seu restabelecimento em 17 de junho de 1999. A alíquota, que era originalmente de 0,25%, foi elevada na época de seu restabelecimento para 0,38%. 

Em 17 de junho de 2000 foi reduzida para 0,30% e em 19 de março de 2001 novamente elevada para 0,38%. A proposta de prorrogação da contribuição foi rejeitada pelo senado em dezembro de 2007.

A CPMF era uma contribuição destinada especificamente ao custeio da Saúde Pública, da Previdência Social e do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza. No começo, pelo artigo 18 da Lei nº 9.311 de outubro de 1996, a totalidade da arrecadação era destinada ao Fundo Nacional de Saúde. 

Já em 1999, a Emenda Constitucional 21 determinou que a CPMF passasse a destinar parte de seus recursos à Previdência Social e à erradicação da pobreza. No final de sua vigência, a Previdência Social e a erradicação da pobreza recebiam aproximadamente 26% e 21% da arrecadação, respectivamente.

Na madrugada do dia 13 de dezembro de 2007, o Senado rejeitou a proposta de prorrogação da CPMF até 2011, com 45 votos a favor do tributo e 34 contra (não houve abstenções).

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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