A sexta-feira, (15) começou com uma bomba, o pedido de demissão do Ministro da Saúde, Nelson Teich. Sua saída acontece antes de completar um mês após substituir Luiz Henrique Mandetta na pasta. Sendo que sua exoneração do cargo já estava sendo cogitada.
Em entrevista coletiva, ele promete revelar os motivos de sua demissão (exoneração), entretanto, um membro do Ministério havia informado que o oncologista foi demitido em uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro para qual foi convocado.
Segundo se comenta, o ministro não pediu demissão, foi demitido pelo presidente. Braga Neto, Ministro da Casa Civil, disse ao Portal UOL que Nelson pediu para sair.
Interinamente assumiu o Ministério da Saúde, o General Eduardo Pazuello, depois que foi confirmada a saída de Teich.
O problema está no fato de Teich defender o isolamento social e seguir o mesmo caminho de Mandetta, indo contra a vontade do presidente, que defende que só pessoas de risco deve ficar em quarentena.
Outra confusão, que não deve ter deixado Bolsonaro nada feliz, foi o fato de Nelson Teich ter publicado numa rede social, que o uso da cloroquina no tratamento contra o coronavírus deve ser feito com restrições, porque a substância pode desencadear efeitos colaterais. E todo mundo sabe que o presidente é a favor do uso do medicamento.
O General Pazuello, deverá ser efetivado no cargo de Ministro da Saúde, ele tem total apoio dos generais que ocupam ministérios no governo Bolsonaro.
Também está na mira para ocupar o cargo, a médica Nise Yamaguchi, que é defensora do uso da cloroquina. Ela já havia sido cotada para assumir o Ministério, quando Mandetta saiu do cargo.
Divergências
Em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, o presidente disse que o protocolo de uso da cloroquina seria mudado pelo Ministério da Saúde, apesar, do agora, ex-ministro Nelson Teich, alertar para a falta de comprovação cientifica da eficácia e os efeitos colaterais do medicamento.
Jair Bolsonaro, defende o uso da Cloroquina desde os primeiros sintomas da Covid-19
![bolsonaro](https://www.jornalcontabil.com.br/wp-content/uploads/2019/07/bolsonaro.jpeg)
“O protocolo deve ser mudado hoje porque o Conselho Federal de Medicina diz que pode usar desde o começo então. É direito do paciente. O médico na ponta da linha é escravo do protocolo. Se ele usa algo diferente do que está ali e o paciente tem alguma complicação ele pode ser processado”, afirmou.
Outro embate entre Bolsonaro e Nelson Teich foi o fato da liberação para academias e salão de beleza e barbearias entrarem para os serviços essenciais, ou seja, os que podem trabalhar durante a quarentena.
Teich afirmou que não sabia dessa decisão do presidente, que assinou o decreto no dia 11 de maio.
Na verdade, Jair Bolsonaro quer alguém no ministério, que esteja alinhado com as suas decisões.