No Brasil, as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) respondem por cerca de 30% da produção de riqueza do País, segundo dados da FGV Projetos – um percentual que vem crescendo ao longo dos últimos anos.
Recentemente, o IBGE apontou uma tendência da formalização dos negócios. Em 2007, apenas 11% dos empreendimentos eram formais e este percentual subiu para 53% em 2019.
Apesar desta formalização, uma pesquisa realizada pelo Capterra – comparador de softwares B2B que pertence ao Gartner – identificou que apenas uma de cada quatro MPEs utiliza um software para gerenciar as contas, sendo que 15% delas ainda fazem a contabilidade da empresa em caneta e papel.
Já a pesquisa nacional “Transformação Digital das MPEs”, realizada pelo Sebrae em 2018, identificou que 43% das empresas ainda fazem a gestão financeira do seu negócio em um caderno ou folha de papel, enquanto apenas 27% usam sistemas como as planilhas.
Se, por um lado, temos um cenário promissor de valorização e formalização das MPEs, por outro, podemos verificar que as MPEs ainda têm muito a avançar na utilização e integração no uso de sistemas de gestão em seus empreendimentos.
Nós que estamos imersos no segmento de tecnologia da informação, falamos muito em transformação digital diariamente. Entretanto, precisamos nos empenhar para explicar aos proprietários das MPEs o que é essa tal “transformação digital”, trazer exemplos práticos e apoiá-las nas mudanças.
Pensando na realidade destas empresas, creio que o processo de digitalização não se restringe ao acesso à internet e ao uso do Whatsapp. A transformação é muito mais profunda e promove ajustes no modelo de negócios nos processos e treinamento dos colaboradores e também dos donos das empresas.
Os empreendedores precisarão se renovar para entender o cenário complexo no qual a organização está inserida. Para as empresas de tecnologia, é um desafio oferecer sistemas adequados às MPEs para que elas migrem a gestão definitivamente (e bem) do papel para os softwares.
As mudanças econômicas e mercadológicas ocorridas nos últimos anos têm obrigado as empresas de todos os portes a avaliarem continuamente o seu posicionamento e diferencial competitivo.
A digitalização é prioridade para organizações privadas e para o setor público. Para as MPEs, trata-se de um imperativo, relacionado diretamente à sobrevivência da empresa. Dados levantados pelo Serasa apontam que 90% dos pedidos de recuperação judicial, realizados até junho de 2020, vieram das pequenas e médias empresas.
Fazer com que as MPEs sejam reconhecidas pelos clientes em seu entorno e estabelecer o tão desejado “diferencial competitivo” demanda dedicação, estudo e ação. E, hoje em dia, a criação do diferencial competitivo de qualquer empresa tem como base a digitalização, que se estabeleceu como imprescindível para empresas de todos os setores e de todos os portes.
Por Ariane Abreu – Diretora Comercial da VCOM Tecnologia
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