A Coordenação de Museu (Comus) do Senado segue o trabalho de recuperação do acervo danificado durante a invasão de 8 de janeiro. Na manhã desta quinta-feira (16), um dos quadros que retratam o ex-presidente da Casa José Sarney começou a ser regenerado pelas mãos do restaurador Marco Antônio de Faria.
Faria é servidor do governo do Distrito Federal cedido à gerência de Preservação e Restauração do Superior Tribunal Federal (STF). Ele realiza o trabalho de forma voluntária, em parceria com a equipe do Museu do Senado. Diferentemente de outras obras rasgadas, essa peça sofreu um arranhão superficial que estragou a pintura.
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— Depois daqueles atos, vimos muitos patrimônios serem vandalizados. Conversando com a equipe do Senado, me relataram alguns danos e combinamos de eu vir aqui realizar essa ação — explicou.
Parte do trabalho envolveu a chamada reintegração cromática, que recompõe as cores originais do trecho danificado e preserva o traço do artista. O serviço exige uma variedade de tintas, pincéis finos e algodão, além de habilidade e paciência do restaurador.
Ismail Neto, chefe do Serviço de Conservação e Preservação do Museu do Senado (SECPM), frisa que a restauração é um processo lento e com difícil previsão de prazos.
— É um serviço delicado, pormenorizado. Esse quadro, por exemplo, precisaremos esperar a tinta secar, revisar o resultado para só então saber se precisa de mais intervenção. São camadas e camadas.
Ele se disse satisfeito com os progressos na recuperação das obras avariadas e projeta os próximos passos. Na próxima semana, a equipe do Museu do Senado vai realizar um curso de trabalho em altura, para então iniciar a reparação do painel vermelho de Athos Bulcão. A obra é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Segundo Ismail Neto, a peça de restauração mais complexa que resta é a mesa do período imperial que fica na recepção da Presidência do Senado. Quase inteiramente quebrada, ela ainda terá de ficar pelo menos dois meses no laboratório do Museu.
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Antonio Randall da Silva é um dos técnicos da SECPM que tem trabalhado diretamente com o móvel histórico. Ele observa que a mesa foi completamente destruída e foi preciso resgatar cada pequeno pedaço.
— Nunca restaurei uma peça tão danificada, parecia um quebra cabeça. Alguns arranhões vão entrar para a história, porque não podemos preencher totalmente. Ficarão para sempre — conclui.
Fonte: Agência Senado
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