Dia 22 de Setembro é o Dia Mundial de Conscientização da Narcolepsia, distúrbio do sono crônico que causa sonolência excessiva diurna e que compromete intensamente o dia a dia das pessoas que sofrem com a doença. Estima-se que 3 milhões de pessoas no mundo possuam a Narcolepsia.
Durante esta semana, os especialistas da Associação Brasileira do Sono estão engajados na Semana Global de Conscientização da Narcolepsia para alertar a população como reconhecer os sinais deste distúrbio, ainda pouco conhecido e que por isso, em média, leva 10 anos para ser diagnosticado.
Os especialistas elaboraram Cartilha para a população, disponível no site da ABS (www.absono.com.br), a partir desta segunda-feira (21).
Os principais sinais da Narcolepsia são:
– Sonolência excessiva diurna;
– Cataplexia (episódios repentinos e reversíveis de perda da força muscular, geralmente desencadeada pelas emoções, como riso, alegria, surpresa ou raiva;
– Paralisia do sono (incapacidade de ser mover por alguns segundos. Pode acontecer ao adormecer ou acordar;
– Sono noturno interrompido (mesmo com sonolência excessiva durante o dia, o sono da noite é fragmentado.
– Alucinações no início do sono ou ao despertar (são sensações de estar sonhando acordado que ocorrem ao adormecer ou ao despertar.
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“Os sintomas da Narcolepsia variam de pessoa para pessoa, mas na maioria dos casos a sonolência excessiva durante é o sintoma mais comum.
Ao aparecer qualquer um desses sinais é importante que seja feita uma avaliação médica para que se possa fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento.
No Brasil, a doença ainda é pouco conhecida e, por isso, muitas pessoas demoram quase 10 anos para receberem o diagnóstico”, afirma Dra. Andrea Bacelar, médica neurologista, presidente da Associação Brasileira do Sono.
Tipos de Narcolepsia:
Existem dois tipos de Narcolepsia: Tipo 1 e Tipo 2.
– Tipo 1 – quando o paciente apresenta níveis baixos de hipocretina, relato de cataplexia e sonolência excessiva diurna.
– Tipo 2 – quando há sonolência excessiva diurna e geralmente não há fraqueza muscular desencadeada por emoções. Os sintomas são menos graves e os níveis de hipocretina são normais.
Tratamento:
Há duas formas de se tratar a Narcolepsia: tratamento comportamental e tratamento medicamentoso.
Tratamento Comportamental – Baseia-se nas orientações da família e paciente, com orientações de mudança de hábitos diários e novas medidas de segurança, como evitar trabalhos em turnos; novas medidas de higiene do sono com programação de breves cochilos durante o dia para melhorar o estado de alerta.
Tratamento medicamentoso – para controle dos sintomas mais incapacitantes, como a sonolência excessiva e a cataplexia.
Além da Cartilha da Narcolepsia, os especialistas da Associação Brasileira do Sono programaram duas lives, que serão transmitidas nesta semana através do instagram da ABS, para informar a população sobre diagnóstico, tratamento e hábitos saudáveis.
Por Associação Brasileira do Sono (ABS), Fundada em 1985 como Sociedade Brasileira do Sono, a ABS (Associação Brasileira do Sono) foi reconhecida como associação a partir de 2003.