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Starlink de Elon Musk recebe autorização para oferecer internet no Brasil
Starlink de Elon Musk recebe autorização para oferecer internet no Brasil
28/01/2022 19h31 Atualizada há 2 anos
Por: Ricardo
Elon Musk, CEO da Tesla, SpaceX e Starlink - Foto: Brendan Smialowski/AFP

Por meio de decisão que ocorreu nesta sexta-feira (28) a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) concedeu a Starlink, sistemas da empresa SpaceX do bilionário e dono da Tesla Elon Musk, o direito de exploração de satélite estrangeiro não-geoestacionário de baixa órbita.

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Autorização da Anatel

A autorização concedida a Starlink permite o uso de 4.408 satélites não geoestacionários de baixa órbita a oferecer banda larga para os consumidores brasileiros até 2027, quando vencerá a licença.

"É do interesse da empresa o provimento do acesso à internet para cliente distribuídos em todo o território brasileiro, o que certamente será bastante oportuno para escolas, hospitais e outros estabelecimentos localizados em áreas rurais e remotas", declarou o conselheiro e presidente interino da agência, Emmanoel Campelo.

Inicialmente, a agência avaliou a possibilidade de conceder o direito de exploração até 2033, mas decidiu reduzir para 2027 diante do "caráter pioneiro" do empreendimento e de possíveis impactos não previstos.

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A ideia inicial da Anatel era de conceder o direito até 2033, todavia acabou optando por reduzir o período até 2027 em detrimento ao "caráter pioneiro" do empreendimento e como consequência de seus possíveis impactos que podem ser imprevisíveis.

Serviço da Starlink

De acordo com a Starlink, enquanto grande parte dos serviços de internet por satélite atualmente usam satélites geoestacionários simples, que orbitam o planeta a aproximadamente 35 mil km de altitude, a companhia se diferencia por se tratar de uma constelação com vários pequenos satélites que orbitam o planeta a uma distância próxima da Terra de 550km.

Sendo assim, como os satélites estão em baixa órbita, o tempo para o envio e recepção de dados entre o utilizador e o satélite, conhecido como latência, será muito menor do que os atuais satélites que estão em órbita geoestacionária a 35 mil km de altitude.

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Além disso, a constelação fica em movimento durante todo o dia, sendo assim, o sinal da Starlink poderá chegar primeiro às regiões mais remotas do planeta.

A Starlink promete que a velocidade para receber arquivos será de 100MB. O que seria equivalente a uma boa conexão atual feita com smartphone. Já o envio de dados chegará aos 20MB. No entanto, quando sua rede estiver completa, com mais de 7 mil satélites, a ideia da empresa será oferecer internet de até 1GB.

Vale lembrar que para utilizar a Starlink os assinantes precisam instalar uma antena em formato circular ou retangular, e o equipamento deve ficar direcionado para o céu e sem obstáculos.

O kit de instalação, com antena e roteador nos EUA não sai por menos que US$ 499, o que na cotação atual chega a mais ou menos R$ 2.689. E os planos ativos custam a partir de US$ 99 por mês (R$ 532).