Quando o trabalhador recebe seu salário, muitas vezes ele nota uma diferença significativa entre o valor bruto e o valor líquido. Isso acontece devido a uma série de descontos no salário obrigatórios aplicados antes de o dinheiro chegar às suas mãos.
Esses descontos podem gerar muita confusão, especialmente para quem não está familiarizado com os detalhes da folha de pagamento.
Entender como e por que esses valores são retirados do salário é fundamental para saber o que realmente se recebe no final do mês.
Maioria dos trabalhadores não sabe o que, nem quanto é descontado do salário
Os dados da pesquisa realizada pela plataforma de crédito online meutudo são preocupantes: 63% dos trabalhadores afirmam não entender os descontos feitos em seus salários, enquanto 58% não sabem sequer quanto é descontado todos os meses.
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Essas porcentagens mostram uma falta de transparência ou de informação acessível para os trabalhadores, que podem se sentir desamparados ao tentar entender por que o valor recebido é tão diferente do salário bruto.
Entre os principais descontos aplicados no salário estão o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e o IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte), que incidem diretamente sobre o valor do salário bruto.
Mas há também outros fatores, como pensão alimentícia ou empréstimos consignados, que podem afetar ainda mais o valor final.
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Como são definidos os valores retirados do salário?
Os valores descontados do salário seguem regras definidas pela legislação, levando em conta o salário bruto do trabalhador e a aplicação de alíquotas específicas para cada tipo de desconto.
Os principais itens que podem ser descontados incluem:
⦁ INSS
⦁ Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)
⦁ Vale-transporte
⦁ Vale-refeição ou vale-alimentação
⦁ Contribuição sindical
⦁ Empréstimo consignado
⦁ Pensão alimentícia
⦁ Coparticipação de plano de saúde
⦁ Entre outros
De todos esses, os únicos descontos obrigatórios por lei são o INSS e o IRRF. Os demais dependem da empresa e do trabalhador.
Cada desconto é calculado de maneira diferente, dependendo da natureza do valor a ser retirado.
Por exemplo, o INSS tem uma tabela de alíquotas progressivas, onde a porcentagem aumenta conforme o valor do salário bruto.
Já o IRRF segue uma tabela com faixas de rendimentos, em que o imposto varia de acordo com o valor total recebido no mês.
Outros descontos, como vale-transporte ou empréstimos, são baseados em percentuais fixos ou valores estabelecidos previamente.
Para quem quer saber exatamente quanto será descontado e qual o valor final a ser recebido de salário pode usar a calculadora de salário líquido da meutudo. Essa ferramenta é gratuita, fácil de usar e ajuda a visualizar o que sobra depois de todos os descontos aplicados.
Folha de pagamento deve detalhar descontos
De acordo com a legislação trabalhista brasileira, a folha de pagamento precisa especificar detalhadamente todos os descontos realizados, informando o tipo de desconto e valor. Isso inclui o INSS, IRRF, vale-transporte, vale-refeição, contribuições sindicais e quaisquer outros abatimentos.
No entanto, mesmo com esses dados disponíveis no holerite, muitos trabalhadores relatam dificuldades em interpretar corretamente essas informações. Esse desconhecimento pode gerar dúvidas e questionamentos se os descontos estão sendo feitos corretamente.
Por isso, é importante conferir o holerite mensalmente e, em caso de divergências, solicitar esclarecimentos ao departamento de recursos humanos da empresa.
INSS parece ter o maior impacto no recebimento mensal
Um dos descontos mais significativos é o do INSS, que, segundo a pesquisa da meutudo, é apontado como o mais impactante na renda mensal.
Com alíquotas que variam de 7,5% a 14%, dependendo do valor do salário, o INSS garante acesso a benefícios como aposentadoria e auxílio-doença, mas o desconto é sentido no bolso.
Além do INSS, o empréstimo consignado e o IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) também aparecem como grandes vilões na diminuição do salário líquido dos trabalhadores.
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Esses descontos são progressivos, o que significa que as alíquotas aumentam conforme o salário bruto aumenta, tornando a contribuição maior para quem ganha mais.
Isso garante uma certa justiça na cobrança, mas muitas vezes gera confusão sobre os valores reais a serem pagos.
Com todas essas variáveis em jogo, é essencial que os trabalhadores fiquem atentos ao valor bruto e aos descontos aplicados, buscando ferramentas e suporte para calcular corretamente seu salário líquido e evitar surpresas no final do mês.
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