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Coreia do Norte dispara míssil intercontinental capaz de atingir os EUA
Coreia do Norte dispara míssil intercontinental capaz de atingir os EUA
18/11/2022 16h48 Atualizada há 2 anos
Por: Esther Vasconcelos
Foto: KCNA / Direitos Reservados / Agência Brasil

Ontem 17/11, a Coreia do Norte disparou um míssil balístico que atingiu uma altitude de 6 mil quilômetros nesta sexta-feira, e pousou cerca de 200 quilômetros a oeste da ilha de Oshima-Oshima, na província de Hokkaido, no norte do Japão.

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O Japão afirmou que o míssil caiu em suas águas. Essa é uma resposta aos esforços dos Estados Unidos a fim de aumentar sua presença de segurança na região com seus aliados.

O teste aconteceu um dia após o lançamento de um míssil menor pelos norte-coreanos e seu alerta de “respostas militares mais ferozes” aos Estados Unidos.

Yasukazu Hamada, ministro da Defesa do Japão, disse que míssil disparado pela Coreia do Norte tinha alcance suficiente para atravessar o Oceano Pacífico e atingir o territórios dos Estados Unidos.

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Reunião de Emergência

Hoje 18/11, a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, teve uma reunião fora da cúpula da APEC com líderes do Japão, Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Canadá para condenar o lançamento.

“Condenamos veementemente estas ações e reiteramos o chamado para que a Coreia do Norte cesse estes atos ilegais e desestabilizadores”, disse Harris aos jornalistas antes do início da reunião.

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“Pedi a esse grupo de aliados e parceiros para se juntarem a nós para condenar o lançamento de mísseis balísticos de longo alcance da Coreia do Norte”. “Também pedi a eles que se juntassem para que nós, como aliados e parceiros, possamos conversar sobre os próximos passos. A conduta mais recente da Coreia do Norte constitui uma violação descarada das múltiplas resoluções de Segurança da ONU. Desestabiliza a segurança na região e aumenta as tensões desnecessariamente”. declarou Harris.

A Casa Branca, lançou uma nota informando que os seis líderes que participaram da reunião advertiram sobre uma “resposta firme e decidida”, caso a Coreia do Norte realize um teste nuclear.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, em reunião de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) em Bangcoc, Tailândia, disse que “A Coreia do Norte continua realizando ações de provocação com uma frequência nunca antes vista”. “Quero reafirmar que não podemos aceitar tais ações”, declarou.

Logo depois da confirmação do lançamento, EUA e Japão realizaram manobras aéreas no Mar do Japão, citando um "contexto de segurança cada vez mais difícil ao redor do Japão" e "reafirmando a forte vontade" da aliança bilateral "responder a qualquer situação", declarou o Ministério da Defesa japonês.

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Coreia do Sul, diz não tolerar as provocações da Coreia do Norte

Também nesta sexta-feira o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, ordenou uma “execução ativa” de medidas reforçadas de dissuasão estendida contra a Coreia do Norte.

Yeol, disse que seu governo fortalecerá sua aliança com o governo dos EUA e reforçará sua postura de defesa e cooperação sobre segurança com os EUA e o Japão.

“O governo não vai tolerar as provocações da Coreia do Norte”, comunicou o gabinete. “Temos capacidade de resposta esmagadora e vontade de reagir imediatamente a qualquer provocação norte-coreana, então a Coreia do Norte não deve cometer um erro de julgamento”.

O primeiro-ministro da Coreia do Sul, Han Duck-soo, declarou que um lançamento direto de mísseis “nunca deve ser tolerado”. “A comunidade internacional deve responder de forma decisiva”, afirmou Han.