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Banco Central ignora governo e mantém juros a 13,75%
Banco Central ignora governo e mantém juros a 13,75%
22/03/2023 21h36 Atualizada há 1 ano
Por: Jorge Roberto Wrigt
Foto: Reprodução

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (22), manter a taxa Selic em 13,75% ao ano – patamar em vigor desde o início de agosto de 2022.

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O BC vem recebendo críticas pesadas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros do atual governo, além de estar no meio de uma turbulência no sistema bancário global. No entanto, isso não o impediu de manter a Taxa Selic em 13,75% ao ano.

Em nota o BC mencionou os motivos pela manutenção da taxa de juros, citando a incerteza com o novo arcabouço fiscal. Na nota também são mencionados outros motivos:

Mercado Internacional

O comunicado do comitê destacou o desempenho do mercado internacional:

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O Copom costuma se reunir a cada 45 dias para definir a taxa básica de juros da economia. Esta é a segunda reunião do grupo durante o governo Lula.

Inflação

O principal instrumento para o Banco Central manter sob controle a inflação oficial, é a Selic, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em fevereiro, o indicador fechou em 5,6% no acumulado de 12 meses . 

Desde o final do ano passado, a inflação vem sendo uma dor de cabeça para a economia brasileira. Ela vem subindo por causa do aumento dos preços dos alimentos, da reversão parcial das desonerações sobre os combustíveis e de aumentos típicos de início de ano, como gastos com educação e saúde.

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Segundo a Agência Brasil, o índice fechou o ano passado acima do teto da meta de inflação. Para 2023, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,75% nem ficar abaixo de 1,75% neste ano.

Alta no juros americanos

O Federal Reserve (Fed, banco central americano) aumentou moderadamente, em um quarto de ponto percentual, sua taxa de juros de referência, a 4,75%-5%, seguindo as expectativas do mercado, preocupado com a inflação, e apesar dos problemas no setor bancário.