Na última segunda-feira, 8, a Bittrex, plataforma de negociação de criptomoedas, protocolou um pedido de falência nos Estados Unidos.
De acordo com o processo no Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o Distrito de Delaware, a empresa informou que possui mais de 100 mil credores, além de ter ativos entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão, bem como passivos na mesma faixa de valor.
A Bittrex Inc, sediada em Seattle, juntamente com duas entidades da Bittrex em Malta e uma entidade afiliada, a Desolation Holdings LLC, foram incluídas no pedido de falência.
No entanto, a Bittrex Global GmbH, uma empresa global com sede em Liechtenstein, que abrange outros países em que a exchange opera, não foi mencionada na petição.
Algumas semanas após a acusação feita pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) contra a corretora de criptomoedas Bittrex e seu co-fundador e ex-CEO William Shihara, a empresa entrou com o pedido de falência.
Em abril, a Bittrex e Shihara foram acusados de violar as leis americanas relacionadas ao lançamento e negociação de valores mobiliários.
De acordo com a SEC, a Bittrex Inc e a Bittrex Global operavam uma bolsa de valores mobiliários não registrada.
Além disso, em outubro, a exchange foi acusada de violar a Lei de Sigilo Bancário pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Tesouro dos Estados Unidos e pela Rede de Execução de Crimes Financeiros (FinCEN).
Como parte de um acordo, a Bittrex concordou em pagar cerca de US$ 29 milhões para encerrar essas acusações.
O OFAC é o principal credor na lista de credores da Bittrex apresentada no processo de falência, com a exchange reservando uma quantia de US$ 24,2 milhões para pagar o órgão.
O segundo maior credor é uma carteira de criptomoedas, que reivindica um montante de US$ 14,5 milhões.
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A FinCEN também aparece como uma das 50 maiores credoras, com uma reivindicação de US$ 3,5 milhões, enquanto a SEC está listada com uma quantidade de dívida indeterminada.
Tanto o pedido de falência da Bittrex quanto as ações de execução da SEC aconteceram após a exchange anunciar em março que encerraria suas operações nos Estados Unidos até 30 de abril, citando "incerteza regulatória contínua" no país.
Além disso, a corretora de criptomoedas teve um ano difícil em 2023 nos EUA, tendo demitido 83 funcionários em fevereiro, devido à baixa do mercado cripto causada pelos colapsos de outras empresas do segmento no ano anterior.
A falência da Bittrex se soma a uma série de outras corretoras de criptomoedas e plataformas de empréstimos com criptoativos que também entraram com pedido de falência recentemente nos Estados Unidos, incluindo FTX, BlockFi, Celsius e Voyager Digital.
O Cointelegraph tentou entrar em contato com o CEO da Bittrex Global, Oliver Linch, para comentar sobre o pedido de falência, mas até o momento não recebeu resposta.