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Influenza Aviária: RJ Confirma o terceiro caso de Ave Silvestre com H5N1
Influenza Aviária: RJ Confirma o terceiro caso de Ave Silvestre com H5N1
29/05/2023 11h05 Atualizada há 1 ano
Por: Gabriel Dau
Imagem: Getty Images/Marcia Nelsis / editado por Jornal Contábil

O Governo do Estado recebeu, neste sábado (27/5), a confirmação do terceiro caso de ave silvestre migratória contaminada com Influenza Aviária (H5N1). O trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus) foi encontrado na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio.

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O animal foi recolhido, no dia 23/5, por profissional especializado e a análise do material coletado foi feita pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Três pessoas que atuaram no recolhimento do animal estão sendo monitoradas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) das secretarias de Estado de Saúde (SES-RJ) e municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Até o momento, nenhuma delas apresenta sintoma gripal e, por isso, não foram colhidas amostras para exames.

Leia também: Influenza Aviária: RJ Confirma O Segundo Caso De Ave Silvestre Com H5N1

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Outras duas aves silvestres da mesma espécie foram identificadas, este mês, com o vírus H5N1. Elas foram encontradas em São João da Barra, no Norte Fluminense, e em Cabo Frio, na região dos Lagos.

As autoridades estaduais intensificaram as ações de monitoramento e prevenção para evitar a disseminação do vírus no estado. Nesta semana, a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (SEAPPA) divulgou o Plano de Contingência que estabelece medidas de controle para detectar precocemente e conter a disseminação da Influenza Aviária em aves domésticas, silvestres e exóticas. O documento também estabelece o fluxo de informação entre os órgãos envolvidos por se tratar de zoonose com potencial pandêmico.

As secretarias de Saúde e de Agricultura instituíram um fluxo de comunicação para informar qualquer mortalidade de aves suspeitas, assim como pessoas

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com suspeita de síndrome gripal com histórico de contato com aves suspeitas.

Os técnicos da SES e da SEAPPA ressaltam que não há motivos de preocupação da população sobre epidemia de H5N1, pois no momento não há transmissão direta, de pessoa para pessoa. É importante lembrar que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária ocorrem por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas).

Foto: Cláudio Dias Timm

Ações preventivas nos municípios

Na segunda-feira (22/5), o Ministério da Agricultura decretou emergência zoosanitária em todo o território nacional, que tem como objetivo evitar que a doença chegue à produção de aves de subsistência e comercial, além de preservar a fauna silvestre e a saúde humana.

A SES-RJ orienta ainda que profissionais das unidades de saúde sigam atentos, durante a triagem e o atendimento médico, a casos de síndrome gripal em pacientes que tiveram contato com animais silvestres. Havendo suspeita, a coleta de amostras é recomendada, independentemente do dia de início dos sintomas, incluindo os casos em unidade de terapia intensiva (UTI). O diagnóstico por RT-PCR é considerado o método padrão-ouro e deve sempre ser adotado para obtenção dos resultados laboratoriais.

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Orientação aos criadores de aves e cidadãos

A Secretaria de Agricultura orienta que a população evite contato direto com aves caídas, mortas ou não, domésticas, silvestres/exóticas e migratórias, além de mamíferos aquáticos (qualquer espécie). Qualquer suspeita de animal contaminado deve ser comunicada imediatamente ao Núcleo de Defesa Agropecuária da região ou à Coordenação de Vigilância Ambiental do seu município.

A Secretaria de Agricultura aconselha criadores de aves de corte ou postura, avicultura de pequena escala e subsistência, que intensifiquem as medidas de biosseguridade das granjas. Devem ser tomados cuidados como proibir terminantemente qualquer tipo de visita às unidades de produção; conferir cercamento de núcleo e telamento adequado do galpão; manter o portão de acesso das propriedades fechado; desinfectar veículos e materiais que acessem as granjas; ter cuidados com ração e água; manter registro de pessoas e veículos entre outras medidas definidas nas normas vigentes.

Fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro