Na manhã desta terça-feira (4/7), o dólar à vista começou o dia em queda, em linha com a tendência observada em outros mercados emergentes. Essa queda é esperada devido ao feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos, o que resulta em menor liquidez nas negociações. No entanto, a desvalorização da moeda americana tem sido limitada devido à cautela dos investidores em relação ao cenário externo, principalmente no que diz respeito à incerteza em torno das taxas de juros nos Estados Unidos, e também devido a possíveis mudanças no diferencial de juros.
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Por volta das 10h, o dólar comercial estava sendo negociado a R$ 4,7878, registrando uma queda de 0,42%, enquanto o contrato futuro da moeda americana para agosto apresentava uma queda de 0,38%, cotado a R$ 4,8120. Nesse mesmo horário, o volume de negociações do contrato futuro para agosto estava próximo de 18 mil, em comparação com uma média de 40 mil nas últimas cinco sessões, indicando uma menor liquidez no mercado hoje. No cenário internacional, o índice DXY, que mede a força do dólar em relação a uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, apresentava uma leve queda de 0,02%, chegando a 102,970 pontos.
A perspectiva mais otimista dos investidores estrangeiros em relação ao ambiente econômico brasileiro tem beneficiado o câmbio nos últimos meses. No entanto, a incerteza em torno da política monetária nos Estados Unidos pode estar limitando uma valorização adicional do real brasileiro. De acordo com dados da B3, a exposição cambial no mercado futuro indicou um aumento de US$ 3,2 bilhões na posição comprada em dólar pelos investidores estrangeiros, totalizando US$ 45,2 bilhões nessa posição, o que se aproxima do nível mais alto observado em mais de um ano, de US$ 47 bilhões.
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Mesmo assim, o real segue entre as oito moedas com melhor desempenho em relação ao dólar, de um total de 33 divisas acompanhadas pelo Valor. Nesta manhã, os agentes financeiros estarão atentos à sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, onde serão ouvidos Gabriel Galípolo e Aílton dos Santos, indicados para assumirem as posições de diretor de política monetária e diretor de fiscalização, respectivamente.
Por: Gabriel Dau