Recentemente, a China implementou novas restrições à exportação de minerais essenciais para a produção de semicondutores, sistemas de mísseis e células solares utilizadas no espaço. De acordo com o The Wall Street Journal, o gálio, germânio e outros materiais serão submetidos a controles mais rigorosos a partir de 1º de agosto, visando proteger a segurança e os interesses nacionais do país.

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Alguns pontos importantes a serem destacados são:

• Novos pedidos de exportação desses minerais exigirão licenças especiais e revisão do Conselho de Estado da China, que é o órgão máximo do governo.
• A rivalidade entre China e Estados Unidos está impactando as indústrias de tecnologia em outros países, pois ambos os lados afirmam estar protegendo sua segurança nacional.
• Alguns minerais, como o neodímio, que também está sujeito a restrições, são fundamentais para a fabricação de produtos como as rodas de carros elétricos da Tesla e os AirPods da Apple, e a China possui um domínio significativo na mineração e processamento desses materiais.
• O gálio é utilizado em carregadores de telefone, veículos elétricos e diversas aplicações comerciais e militares. O arsenieto de gálio, um composto que contém arsênico, é amplamente utilizado em chips de alto desempenho devido à sua resistência ao calor e à umidade. O nitreto de gálio, por sua vez, é usado pelas forças armadas dos EUA em radares devido às suas propriedades de transmissão eficiente de energia.
• O germânio é comumente usado na fabricação de sistemas de fibra óptica e células solares, incluindo aquelas usadas em aplicações espaciais.

Até o momento, o governo dos Estados Unidos não se pronunciou sobre a decisão da China. É importante lembrar que os EUA suspenderam as exportações de equipamentos para a produção de semicondutores para a China em outubro do ano passado, e outros países como Coreia do Sul e Holanda seguiram essa decisão. Agora, o governo Biden está considerando congelar as exportações de chips de inteligência artificial.

A imposição dessas restrições terá um impacto imediato na indústria de semicondutores, especialmente no que se refere aos chips de alto desempenho.

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Além disso, a China demonstrou interesse em estabelecer um novo diálogo bilateral com os Estados Unidos sobre os controles de exportação. Esse movimento pode fornecer à China mais influência nas discussões, conforme apontado por especialistas.

Essa situação pode ser vista como uma demonstração de poder, lembrando aos Estados Unidos o quão forte a China é e destacando o controle que ela exerce sobre as cadeias de suprimentos.

Por: Gabriel Dau, com informações do The Wall Street Journal.