22°C 35°C
Uberlândia, MG
Publicidade

Procurando investidores estrangeiros? Planejamento tributário é a chave

Procurando investidores estrangeiros? Planejamento tributário é a chave

24/07/2023 às 14h30 Atualizada em 24/07/2023 às 17h30
Por: Bia Montes
Compartilhe:
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Após captação recorde de recursos internacionais pela América Latina, reforma tributária pode tornar o Brasil mais atrativo

A América Latina e o Caribe atraíram US$ 224,58 bilhões em investimentos estrangeiros em 2022, segundo dados divulgados este mês pela Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (Cepal). O resultado, que é 55,2% superior a 2021, reflete o fim da pandemia de Covid-19 e simboliza um momento positivo na década: desde 2013 esse tipo de recurso não superava a marca de US$ 200 bi.
 

Continua após a publicidade

E, caso a reforma tributária seja concretizada, tudo indica que os bons ventos podem continuar soprando para o continente. Um eventual cenário de mais transparência, simplificação dos impostos, redução de contencioso jurídico e aumento da eficiência nos recursos pode tornar o país mais atrativo. "Em uma economia globalizada, investidores tendem a optar por ambientes que ofereçam clareza e previsibilidade em relação à carga tributária e ao sistema. É fundamental que sejam feitas reformas nesse sentido", explica Leonardo Roesler, especialista em Direito Tributário e Empresarial e sócio do escritório RMS Advogados.
 

O advogado lembra dois materiais que dimensionam o problema. Em 2019, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) fez o estudo "Custo Brasil e Competitividade", apontando que a complexidade do sistema tributário brasileiro impõe custos significativos às empresas e prejudica a competitividade. Já em 2020, o relatório "Doing Business", do Banco Mundial, comparou 190 países e mostrou o Brasil em uma posição baixa no quesito facilidade de pagar impostos.

Leia também: Conheça Os Perfis De Investidores E Seus Maiores Erros


Enquanto a reforma não acontece, o especialista indica que o planejamento tributário é uma das principais ferramentas para que investidores estrangeiros consigam lidar com a complexidade do país. "Assim é possível identificar e mitigar riscos antes que se tornem problemas reais. Quando elaborado com o auxílio de consultores jurídicos e fiscais com conhecimento específico do sistema brasileiro, o planejamento ajuda a minimizar a carga de impostos e a maximizar a eficiência fiscal", explica.

Continua após a publicidade


Outra medida importante é ter uma equipe altamente capacitada. Dependendo do tamanho e da complexidade das operações da empresa, Roesler aconselha ter profissionais de contabilidade, auditoria e de direito tributário trabalhando juntos. "Eles podem fornecer uma perspectiva valiosa, expertise e experiência em áreas específicas da legislação, auxiliando na realização de auditorias fiscais, na defesa em processos administrativos e judiciais e no planejamento", observa.

Leia também: Conheça Os Investimentos Preferidos Dos Investidores Em Julho! 


Entre desafios, custos e riscos

As indicações do advogado não são por acaso. Investidores enfrentam uma série de obstáculos no país como, por exemplo, a dupla tributação, que é a cobrança de dois ou mais impostos sobre o mesmo bem, serviço ou direito, na mesma jurisdição tributária, ou em jurisdições diferentes, resultando em um ônus fiscal elevado e desproporcional.
 

Essa prática pode ser interna ou internacional. A interna ocorre quando um único ente federativo - seja a União, os estados ou os municípios - institui mais de um tributo sobre o mesmo fato gerador. Já a internacional acontece quando dois ou mais países cobram impostos sobre o mesmo lucro, renda ou patrimônio.
 

Continua após a publicidade

Existem alguns mecanismos e instrumentos jurídicos disponíveis. No âmbito internacional, o Brasil possui Acordos para Evitar a Dupla Tributação (ADTs) com diversos países, com regras para dividir o direito de tributar. Esses acordos também servem para prevenir a evasão e a elisão fiscais, pois estabelecem procedimentos para o intercâmbio de informações entre as autoridades fiscais dos países signatários.
 

"Esses trâmites, no entanto, geram custos altos em despesas monetárias com aconselhamento jurídico e fiscal, de tempo e de recursos humanos alocados, pois compreender e aplicar corretamente as disposições dos ADTs requer um alto nível de expertise em direito tributário internacional", comenta o advogado.
 

Embora o ideal seja a conformidade desde o início das operações no país, na prática, muitas empresas se adequam gradualmente à legislação tributária., o que acaba gerando diversos riscos, como multas e juros, ações judiciais ou administrativas, e dano à reputação.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Uberlândia, MG
23°
Parcialmente nublado

Mín. 22° Máx. 35°

23° Sensação
2.93km/h Vento
45% Umidade
40% (0.14mm) Chance de chuva
06h03 Nascer do sol
06h08 Pôr do sol
Dom 35° 21°
Seg 36° 21°
Ter 36° 24°
Qua 36° 23°
Qui 37° 22°
Atualizado às 03h08
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,51 +0,00%
Euro
R$ 6,16 +0,00%
Peso Argentino
R$ 0,01 +0,60%
Bitcoin
R$ 368,580,82 -0,33%
Ibovespa
131,065,44 pts -1.55%
Publicidade
Publicidade