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Como o vício em tecnologia afeta a saúde mental?
Como o vício em tecnologia afeta a saúde mental?
17/08/2023 14h46 Atualizada há 1 ano
Por: Ana Luzia Rodrigues
Imagem: federcap / freepik

A internet e as tecnologias estão cada vez mais presentes na nossa vida e já não há dúvidas de que esses recursos modificam o comportamento das pessoas. Ainda que proporcionem inúmeras facilidades, alguns especialistas ressaltam o impacto emocional e social gerado por elas. 

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Hoje, por exemplo, sabe-se que o uso das redes sociais exige atenção, pois elas interferem diretamente nos quadros de depressão e ansiedade dos usuários. 

Assim como o tipo de conteúdo consumido pode influenciar na saúde mental das pessoas, o tempo dedicado às telas também têm forte impacto na rotina, no humor, no ciclo do sono, no comportamento alimentar e nos relacionamentos.  

Mas é importante ressaltar que o uso das tecnologias e redes sociais não é o único fator que desencadeia os transtornos mentais. Afinal, as doenças são o conjunto de fatores que fomentam os quadros clínicos.

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Leia também: Saúde Mental Dos Contadores: Como Identificar A Depressão?

Rotina tecnológica x saúde mental 

Pesquisas mostram que o uso das telas pode alterar o funcionamento do cérebro, principalmente no que se refere aos neurotransmissores do bem-estar. As tecnologias, quando em excesso, potencializam esse funcionamento de uma maneira não saudável e, inclusive, causam  fenômenos de dependência . 

Hoje já se sabe que o uso excessivo de telas dificultam a concentração, o raciocínio e a memória. O que implica no pensamento crítico, na criatividade, aprendizagem e comunicação. Por isso, saber dosar o tempo conectado é fundamental, principalmente para as crianças e adolescentes. 

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Independentemente da idade, seja criança ou adulto, é possível combinar a rotina com o uso da tecnologia, sem que o movimento se torne algo prejudicial à saúde do indivíduo. 

Imagem: wavebreakmedia-micro / freepik

Como fica a rotina do contador?

Planilhas, documentos, folhas de pagamentos, guias preenchidas pela internet, prazos apertados, cobranças dos contratantes e tensão ante a constante possibilidade de ter as informações prestadas confrontadas pela Receita Federal. Por trás de tudo isso está o profissional contábil, profissão que ocupa as primeiras colocações com maior nível de estresse. 

E esse profissional precisa estar ligadinho com as atualizações e, consequentemente, ligados na tecnologia. Neste caso, não por diversão, mas por ser, digamos, “ossos do ofício”.

 O aumento das obrigações e a obrigatoriedade de adaptação às novas exigências fiscais e ferramentas tecnológicas agrava ainda mais esse “gatilho” para o aparecimento de outras doenças. Uma delas é a Síndrome de Burnout.

Síndrome de Burnout

A síndrome de Burnout, ou Síndrome do Esgotamento Profissional, tem como característica um distúrbio emocional com sintomas de estresse, esgotamento físico e extrema exaustão. A doença já tem o reconhecimento como doença ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Dessa forma, aqueles que tem a síndrome passam a ter as mesmas garantias previdenciárias e trabalhistas previstas para as demais doenças do trabalho.

Essa síndrome é resultado de situações desgastantes no ambiente de trabalho, que demandam do profissional muita competitividade ou até mesmo responsabilidade na entrega de serviços. Assim, pode-se dizer que a principal causa é o excesso de trabalho.

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Como cuidar da saúde mental

Para que o profissional contábil garanta sua saúde mental é necessário criar rotinas ou atividades que aliviem o estresse diário. 

Entre as atitudes que podem ser tomadas para amenizar estão realizar atividades físicas e as empresas podem investir mais em palestras e eventos voltados para a saúde mental e maior interação entre a equipe (happy hour, por exemplo).