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Robô do INSS pode ser programado para negar benefícios?
Robô do INSS pode ser programado para negar benefícios?
18/08/2023 16h59 Atualizada há 1 ano
Por: Ricardo
Imagem: user35692504 / freepik. montagem: jornal contábil

Uma notícia que chamou muito a atenção dos segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é a utilização de robôs com inteligência artificial, que são capazes de analisar os pedidos de auxílios, pensões e aposentadoria dos brasileiros que fizerem a solicitação.

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A novidade tem o simples objetivo de agilizar os processos de atendimento e analise dos benefícios e, consequentemente reduzir as filas de espera que frequentemente acabam demorando muito mais tempo do que o previsto para serem analisados.

No entanto, como são robôs, muitas teorias e dúvidas acabam surgindo na cabeça dos segurados, onde, alguns alegam se existiria a possibilidade dos robôs serem programados para negar a concessão dos benefícios.

Robôs do INSS podem ser programados para negar benefícios?

Não! Para ser direto, é altamente improvável que a inteligência artificial usada pelo INSS possa ser configurada para automaticamente recusar pedidos de benefícios. Isso acontece porque, para negar um benefício, é necessário ter uma razão válida relacionada ao segurado.

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Portanto, é praticamente improvável que essa nova tecnologia do INSS rejeite benefícios simplesmente porque foi programada para isso, já que é fundamental apresentar uma justificação ao segurado. Se ocorresse uma recusa sem justificativa adequada, o INSS poderia enfrentar denúncias de fraude, o que não ocorre nem deverá ocorrer.

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Como funciona esses robôs do INSS?

O sistema de inteligência artificial implementado pelo INSS é uma plataforma computacional que recebe as solicitações de benefícios e realiza análises automáticas, dispensando a interferência direta de humanos.

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Esse sistema combina as regras previdenciárias estabelecidas por lei com as informações fornecidas pelo indivíduo, constituindo um mecanismo que assegura rapidez nas avaliações.

Esse processo automatizado torna possível a liberação das solicitações de benefícios em questão de segundos, contanto que os dados e o tempo de contribuição junto ao INSS estejam em conformidade com os requisitos estabelecidos.

O INSS esclarece que essa automação agiliza as decisões mais simples, enquanto as análises mais complexas são conduzidas por uma equipe especializada de servidores do órgão.

Conforme informações do instituto, a taxa de aprovação de benefícios permanece nos mesmos patamares históricos, cerca de 50%.

No mês de maio deste ano, o INSS alcançou um marco ao decidir automaticamente sobre a maior quantidade de requerimentos, totalizando 42%, o que corresponde a mais de 222 mil benefícios.

Os benefícios que estão sujeitos à avaliação automatizada são aqueles que possuem critérios claros e documentação padronizada, os quais podem ser verificados pelo sistema sem dificuldades.

Por exemplo, a instituição oferece aposentadorias que necessitam apenas da comprovação da idade e do período mínimo de contribuição.

Essas informações são facilmente verificadas pelo sistema de inteligência artificial do INSS, que consulta as bases de dados do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) e da Receita Federal.

Atualmente, os benefícios previdenciários abarcados pelo sistema automatizado de análise incluem:

Além disso, os algoritmos também desempenham um papel na análise do Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.