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Atividade econômica teve alta no mês de julho
Atividade econômica teve alta no mês de julho
19/09/2023 10h47 Atualizada há 1 ano
Por: Leonardo Grandchamp
Metalúrgica Durametal, durante fabricação de cubos de rodas.

A atividade econômica no Brasil apresentou um aumento em julho deste ano, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta terça-feira (19). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou um crescimento de 0,44% em julho em comparação com o mês anterior, com base em dados ajustados sazonalmente.

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No mês de julho, o IBC-Br atingiu a marca de 150,94 pontos. Quando comparado ao mesmo mês de 2022, observou-se um aumento de 0,66%, sem a aplicação de ajustes sazonais, uma vez que a comparação é realizada entre períodos iguais. No acumulado de 12 meses, o indicador também apresentou um desempenho positivo de 3,12%.

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Esse foi o segundo mês consecutivo de crescimento no indicador, após uma queda em maio.

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O IBC-Br desempenha um papel crucial na avaliação da evolução da atividade econômica do país e auxilia o Banco Central em suas decisões relacionadas à taxa básica de juros, a Selic, que está atualmente fixada em 13,25% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade nos setores da economia, incluindo indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

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Taxa básica

A taxa Selic, instrumento central do Banco Central (BC) para alcançar as metas de inflação, desempenha um papel significativo na economia. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) decide aumentar a taxa básica de juros, sua intenção principal é conter a demanda aquecida. Isso afeta os preços, já que juros mais elevados encarecem o crédito e estimulam a poupança. Como resultado, as taxas mais altas ajudam a conter a inflação, mas podem, ao mesmo tempo, dificultar o crescimento econômico.

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No entanto, diante da marcante queda na inflação, o Copom iniciou, no mês passado, um ciclo de redução da Selic, o que, por sua vez, tende a impulsionar a atividade produtiva.

A última vez em que o BC havia diminuído a Selic ocorreu em agosto de 2020, quando a taxa foi reduzida de 2,25% para 2% ao ano, como resposta à contração econômica causada pela pandemia de covid-19. Posteriormente, o Copom aumentou a Selic em 12 ocasiões consecutivas, a partir de março de 2021, enfrentando um cenário de alta nos preços de alimentos, energia e combustíveis. A partir de agosto do ano passado, a taxa permaneceu em 13,75% ao ano por sete decisões seguidas.

Neste momento, hoje e amanhã (20), o Copom realiza mais uma reunião para definir o rumo da Selic. A expectativa do mercado é que a taxa básica seja reduzida para 12,75% ao ano.

Vale ressaltar que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado mensalmente, utiliza uma metodologia diferente daquela empregada para calcular o Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira. Embora contribua para a formulação da política monetária do país, o IBC-Br não é exatamente uma prévia do PIB.

O PIB reflete a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por uma nação. No segundo trimestre deste ano, a economia brasileira cresceu 0,9% em comparação com o primeiro trimestre, superando as projeções. Em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 3,4%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB acumula um aumento de 3,2% nos últimos 12 meses e registrou um crescimento de 3,7% no primeiro semestre de 2023.

Em 2022, o PIB do Brasil cresceu 2,9%, atingindo um total de R$ 9,9 trilhões.