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Veja como é feita a correção das provas e das redações do Enem
Veja como é feita a correção das provas e das redações do Enem
03/11/2023 11h18 Atualizada há 10 meses
Por: Leonardo Grandchamp
Imagem: Freepik / editado por Jornal Contábil

Após a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os candidatos aguardam ansiosamente a correção das provas para saber se atingiram a pontuação necessária para ingressar em uma universidade. Este ano, o Enem será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro.

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As notas obtidas nas provas têm diversas finalidades, incluindo a possibilidade de concorrer a vagas em instituições de ensino superior público por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a chance de conquistar bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior através do Programa Universidade para Todos (ProUni) e a oportunidade de obter financiamentos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

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Após a realização das provas, o consórcio responsável pela aplicação do Enem recebe os malotes com os materiais dos candidatos, e equipes especializadas fazem a separação e digitalização dos cartões-resposta e das folhas de redação de cada participante. Esse processo é rigorosamente monitorado por câmeras de segurança, garantindo a integridade das avaliações.

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A correção das questões objetivas é realizada com o auxílio da tecnologia de reconhecimento dos cartões-resposta. Somente as respostas devidamente assinaladas nos cartões, sem qualquer tipo de alteração ou rasura, feitas com caneta esferográfica de tinta preta, são consideradas para a leitura óptica dos cartões.

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O cálculo das notas é baseado na metodologia conhecida como Teoria da Resposta ao Item (TRI), que utiliza um conjunto de modelos matemáticos para representar a relação entre a probabilidade de um participante responder corretamente a uma questão, seu conhecimento na área avaliada e as características específicas das questões.

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Por meio desse modelo, a natureza de cada questão é levada em consideração no cálculo, permitindo a diferenciação entre candidatos com o mesmo número de respostas corretas. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) explica que algumas questões são acertadas consistentemente apenas por participantes com alto nível de habilidade, enquanto outras são frequentemente respondidas corretamente pela maioria dos candidatos.

Dessa maneira, duas pessoas que acertam o mesmo número de questões no exame podem receber notas distintas, dependendo de quais questões acertaram e erraram, levando em consideração a complexidade de cada item. Isso possibilita uma avaliação mais precisa das habilidades e conhecimentos dos candidatos.

Redação

Após a digitalização das redações, esses registros são encaminhados às equipes encarregadas da avaliação dos textos. Somente as redações transcritas na Folha de Redação com caneta esferográfica preta serão corrigidas.

A avaliação da redação é realizada em uma escala que varia de 0 a 1.000 pontos. Cada redação passa por duas avaliações independentes, nas quais são atribuídas notas que variam de zero a 200 pontos para cada uma das cinco competências específicas. A nota final da redação corresponde à média aritmética das notas totais dadas pelos avaliadores.

Em situações em que ocorre uma diferença significativa de notas, ou seja, quando a discrepância é superior a 100 pontos ou se a diferença excede 80 pontos em qualquer uma das competências, a redação é submetida a uma avaliação adicional por um terceiro avaliador. Nesse cenário, a nota final é calculada a partir da média das notas que mais se aproximam.

Com as notas atribuídas à redação e os resultados das questões de múltipla escolha, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) processa os resultados, gerando o Boletim de Desempenho. Esse boletim é disponibilizado aos participantes em janeiro do ano seguinte, sendo acessível na Página do Participante e no aplicativo do Enem.