Economia Inflação
Inflação de outubro foi puxada pelas passagens aéreas
Inflação de outubro foi puxada pelas passagens aéreas
10/11/2023 10h38 Atualizada há 10 meses
Por: Leonardo Grandchamp
Imagem: @mehaniq / freepik

A taxa oficial de inflação do país encerrou o mês de outubro em 0,24%, sendo impulsionada principalmente pelo aumento nos preços das passagens aéreas. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou um índice inferior ao 0,26% apurado em setembro. No acumulado do ano, a inflação atingiu 3,75%, enquanto nos últimos 12 meses, o índice alcançou 4,82%.

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Viagem de avião

Oito dos nove grupos de produtos e serviços monitorados pelo IBGE registraram aumento, sendo que as maiores pressões sobre os preços foram observadas nos setores de transportes e alimentação e bebidas.

No segmento de transportes, as passagens aéreas, que já haviam apresentado um aumento de 13,47% em setembro, registraram uma elevação de 23,70%. O gerente da pesquisa, André Almeida, sugere que esse aumento pode estar relacionado a diversos fatores, como o encarecimento do querosene de aviação e a proximidade das férias de final de ano.

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Gasolina

A gasolina, que tem a maior representatividade entre os 377 itens na cesta de compras das famílias, exerceu uma influência favorável na contenção da inflação. O preço desse derivado de petróleo registrou uma queda de 1,53%. Além disso, os preços do gás veicular e do etanol também apresentaram redução, sendo de 1,23% e 0,96%, respectivamente.

O gerente do IBGE destaca que essa diminuição em outubro teve o maior impacto negativo no índice, contribuindo significativamente para conter os resultados no grupo de transportes.

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Alimentos

O segmento de alimentação e bebidas, que exerce uma significativa influência no orçamento das famílias, apresentou um aumento após quatro meses consecutivos de deflação, indicando uma queda nos preços. No que diz respeito à alimentação no domicílio, observou-se um acréscimo de 0,27%, impulsionado pelo aumento nos preços da batata-inglesa (11,23%), cebola (8,46%), frutas (3,06%), arroz (2,99%) e carnes (0,53%).

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O arroz, por exemplo, acumulou um aumento de 13,58% ao longo do ano, influenciado pela menor oferta durante o período de entressafra e pela elevada demanda de exportação. Quanto à batata e cebola, a escassez decorre do aumento das chuvas nas regiões produtoras, prejudicando a colheita, conforme detalha André Almeida.

Já a alimentação fora do domicílio registrou um aumento de 0,42%.

No grupo de comunicação, houve uma deflação, representando uma queda de 0,19%. Essa variação negativa foi motivada pela redução nos preços de aparelhos telefônicos e planos de telefonia fixa.

Meta de inflação

O anúncio divulgado nesta sexta-feira coloca o IPCA acumulado em 12 meses acima da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central, a qual é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Cabe ressaltar que o IPCA é um indicador que mensura a inflação das famílias com renda de um até 40 salários mínimos.

INPC

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também trouxe a público o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), indicador que avalia a inflação para famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos. No mês de outubro, o INPC registrou uma variação de 0,12%. No acumulado do ano, o INPC apresenta uma elevação de 3,04%, enquanto nos últimos 12 meses, a taxa atinge 4,14%.