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Comércio está esperando recorde de vendas na Black Friday
Comércio está esperando recorde de vendas na Black Friday
20/11/2023 09h41 Atualizada há 10 meses
Por: Leonardo Grandchamp
Imagem: crimages / freepik

O setor comercial brasileiro demonstra otimismo em relação às vendas da Black Friday, marcada para a próxima sexta-feira (24). A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima um faturamento de R$ 4,64 bilhões, representando um aumento de 4,3% em comparação com o ano de 2022. Caso essa previsão se concretize, será registrado o maior volume de vendas para a data desde sua introdução no Brasil em 2010.

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De acordo com uma pesquisa realizada pela CNC, os setores de eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 1,28 bilhão) e móveis e eletrodomésticos (R$ 1,05 bilhão) devem contribuir significativamente, respondendo por quase metade (48%) do total previsto em movimentação financeira. Em seguida, destacam-se os ramos de hiper e supermercados (R$ 1,02 bilhão) e vestuário, calçados e acessórios (R$ 0,73 bilhão).

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Inflação

A desaceleração da inflação é um dos elementos que deverão impulsionar as vendas, conforme apontado pela CNC. No ano passado, segundo a pesquisa, os preços livres na economia apresentavam um aumento acumulado de 9,7%. Em contraste, neste ano, a variação é de 3%.

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Outro fator positivo é a valorização de 7,5% do real em relação ao dólar, proporcionando condições para estratégias de preços mais agressivas por parte dos varejistas.

Os recentes cortes na taxa básica de juros promovidos pelo Banco Central, favorecendo o crédito, constituem mais um estímulo para as compras, especialmente de bens duráveis, como geladeiras, televisões e celulares.

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O economista da CNC, Fabio Bentes, responsável pelo levantamento, argumenta: "O início da flexibilização da política monetária a partir de agosto tende a desafogar o mercado de crédito em um cenário caracterizado por um aumento relativamente maior nas vendas de bens duráveis – que tradicionalmente são mais sensíveis às condições de crédito".

Produtos

A pesquisa destacou os produtos mais procurados pelos consumidores online nos últimos 30 dias. Não surpreendentemente, dado o período de calor intenso no país, o aparelho de ar condicionado lidera a lista, com um aumento de 177% nas buscas.

No entanto, o aumento da demanda resultou em um efeito negativo, pois os aparelhos experimentaram um aumento de 2,9% nos últimos 40 dias.

Dos 10 itens monitorados pela CNC, apenas o ar-condicionado e os videogames (+7,9%) apresentaram aumento de preço nesta época tradicionalmente associada a promoções. Na sequência, os produtos mais procurados incluem televisões e fogões, com quedas de preços de -1,5% e -2,7%, respectivamente.

Os produtos com os maiores descontos médios são smartwatches (-12,4%), notebooks (-9,2%), fones de ouvido (-6,1%) e caixas de som (-5,6%).

Anos de crescimento

Desde 2017, a Black Friday tem mantido um crescimento constante no volume de vendas. Atualmente, é considerada a quinta data mais significativa para o comércio, ficando atrás apenas do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.

A partir de 2020, o crescimento tornou-se mais expressivo, impulsionado pela intensificação do comércio online. Além disso, a facilidade de consulta e comparação de preços pela internet tem contribuído para o aumento da relevância da Black Friday no calendário nacional, conforme apontado pela CNC.

Cuidados

A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP) divulgou orientações valiosas para garantir uma Black Friday mais segura. Abaixo estão as principais recomendações: