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Ansiedade e depressão: quase um quinto das mulheres recebem o diagnóstico
Ansiedade e depressão: quase um quinto das mulheres recebem o diagnóstico
29/11/2023 20h17 Atualizada há 10 meses
Por: Bia Montes
Depressão / Freepik

Uma pesquisa realizada pela healthtech 3778, que monitorou a saúde de colaboradoras de empresas parceiras, concluiu que 30% das mulheres possuem diagnóstico e/ou fazem tratamento para depressão e ansiedade.

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O estudo foi realizado por meio de um questionário autopreenchido por cerca de 16 mil mulheres e 7 mil homens, com idades entre 18 e 74 anos.

A 3778 é especializada em saúde corporativa e análise de dados com auxílio de inteligência artificial.

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Situação preocupante

Os dados apresentam números alarmantes sobre a saúde mental feminina. Ao menos 17% das entrevistadas apresentam sintomas de ansiedade, enquanto 13% foram diagnosticadas com depressão.

“O número é considerado alto, mas indica que elas estão em busca de ajuda e apoio emocional. Elas tendem a procurar os serviços de saúde com mais frequência do que os homens. Esse passo é o mais importante na direção do bem-estar e da qualidade de vida, prevenindo desdobramentos mais graves”, afirma Gregório Rodrigues, médico de família especialista em ciência de dados em saúde da 3778.

É importante ressaltar que o Brasil é o país com mais casos de ansiedade no mundo; ao menos 9,3% da população geral sofre de ansiedade patológica, conforme o mapeamento mais recente da Organização Mundial de Saúde.

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Os motivos para o desencadeamento da ansiedade e depressão entre as mulheres são diversos, como propensão genética e hormonal, vivência de traumas, e até mesmo a saúde física.

Ainda conforme o levantamento da 3778, quando perguntadas sobre a quantidade de minutos de exercícios físicos realizados, 46% das entrevistadas responderam não se exercitar, enquanto 22% praticam entre 1 a 120 minutos por semana.

Paralelamente, cerca de 34% das mulheres que responderam à pesquisa estão com sobrepeso e 23%, com obesidade.

A relação da saúde mental com o trabalho

Outro motivo que também se deve considerar, quando se trata de saúde mental, é o trabalho.

Para se ter uma ideia, 78% dos afastamentos médicos de 2021/22 foram por transtornos mentais, segundo uma pesquisa levantada pela 3778. Isso porque, é difícil às vezes separar a vida profissional com a pessoal, e muitas pessoas acabam desenvolvendo ansiedade e depressão por motivos ligados aos seus empregos, como, por exemplo: trabalhar em um ambiente opressivo, passar por situações desconfortáveis, não receber nenhum tipo de auxílio, entre outros motivos.

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Para a especialista Thamyris André, gerente operacional da 3778, as empresas podem ser grandes aliadas neste processo de cuidado à saúde das mulheres.

“É importante que as organizações e principalmente a liderança, estejam sempre atentas e busquem soluções para ajudar e evitar o adoecimento dos colaboradores. A 3778 vem contribuindo em muitos negócios com a implementação e/ou gestão de linhas de cuidado para melhorar esses indicadores, reduzindo custos de afastamentos, melhorando o bem-estar e produtividade dos trabalhadores”, conclui Thamyris.