Nos primeiros dez meses deste ano, o déficit da Previdência Social já ultrapassou o total do ano anterior.
O saldo entre a arrecadação e os gastos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), de janeiro a outubro atingiu um resultado negativo de R$ 267,5 bilhões, enquanto em todo o ano passado, o déficit foi de R$ 261,2 bilhões.
Essas informações referem-se ao RGPS (Regime Geral de Previdência Social), destinado aos trabalhadores do setor privado, e estão detalhadas no Boletim Estatístico da Previdência Social, juntamente com os dados de outubro do Tesouro Nacional.
Desde a promulgação da Reforma da Previdência em 2019 até 2022, o déficit aumentou em 22,5%.
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De acordo com o Tesouro Nacional, o saldo negativo deste ano é principalmente atribuído principalmente por 3 fatores:
Crescimento do número de beneficiários do RGPS:
Aumento de R$ 32,2 bilhões nos benefícios previdenciários (4,5%), impulsionado pelo crescimento do número de beneficiários do RGPS (2,5%), de dezembro de 2022 a setembro de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A disparidade entre o INPC e o IPCA:
Outro fator relevante é a disparidade entre o INPC (utilizado para o reajuste do salário mínimo de 2022) e o IPCA (índice utilizado para calcular as despesas do governo federal em 2023), o que teve impacto nas despesas.
Aumento do salário mínimo:
O Tesouro destaca também, no relatório dos resultados de outubro do governo federal, o impacto do aumento real de 1,4% do salário mínimo em 2023.