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TI: 40% das empresas têm setor exclusivo para proteger dados no país
TI: 40% das empresas têm setor exclusivo para proteger dados no país
07/12/2023 13h18 Atualizada há 9 meses
Por: Leonardo Grandchamp
Imagem: rawpixel.com / freepik

No Brasil, 40% dos provedores de internet adotaram neste ano um departamento ou equipe exclusiva para a proteção de dados pessoais de clientes, conforme revelado pela quinta edição da pesquisa TIC Provedores, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) nesta quinta-feira (7). Este incremento é mais expressivo nesse segmento em comparação com outras empresas do setor privado, onde apenas 23% possuem iniciativas semelhantes.

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Para atender aos requisitos da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), a medida mais comum foi a implementação de uma política de privacidade esclarecendo o uso dos dados pessoais (57%), seguida pela realização de testes de segurança contra vazamento de dados (58%). Uma parcela de 30% optou por designar um funcionário para a função de proteção de dados pessoais, um número superior aos 17% do total das empresas, conforme a TIC Empresas 2021.

A pesquisa ainda evidencia que 23% dos provedores relataram ter sofrido ataques de negação de serviços (DDoS) em 2022, mantendo-se no mesmo patamar do levantamento anterior, em 2020. Entre as empresas com mais de 6 mil clientes, 34% foram alvo desse tipo de ataque, em comparação com 24% das que atendem um número menor de clientes.

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A edição mais recente do relatório também aponta um aumento no número de médias empresas que oferecem serviços de internet entre 2020 e 2022, passando de 13% para 17% no período. Por outro lado, a participação de microempresas (com até nove pessoas ocupadas) no setor diminuiu de 56% para 46%.

Considerando empresas de todos os portes, o setor contava com 11.630 empresas em 2022, um número inferior às 12.826 de 2020. Segundo Alexandre Barbosa, gerente do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), esse setor apresenta uma tendência de fusões e aquisições, com um crescente interesse de fundos de investimento, indicando um movimento de consolidação no mercado brasileiro.

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Outro destaque do relatório é a predominância da fibra óptica como a principal tecnologia de conexão à internet, presente em 95% dos provedores ativos no território nacional em 2022. Quanto às condições das redes de transmissão, observou-se uma redução na quantidade de empresas que ofereciam acesso apenas por meio de infraestrutura própria, caindo de 70% para 60% de 2020 para 2022. Simultaneamente, a proporção de provedores adotando um modelo misto, com acesso tanto por infraestrutura própria quanto de terceiros, aumentou de 25% para 37% no mesmo período.