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Confira a projeção da Indústria para o PIB de 2023 e 2024
Confira a projeção da Indústria para o PIB de 2023 e 2024
14/12/2023 15h34 Atualizada há 9 meses
Por: Leonardo Grandchamp
Foto: Reprodução

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê uma expansão de 1,7% na economia brasileira em 2024. Para o corrente ano, a entidade estima um crescimento de 3%, mantendo o mesmo índice registrado no ano anterior. As projeções foram apresentadas no Informe Conjuntural: Economia Brasileira 2023-2024, divulgado nesta quinta-feira (14) em Brasília.

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A CNI avalia o resultado como positivo, no entanto, ressalta que o crescimento de 2023 não marca o início de um novo ciclo de desenvolvimento. A entidade destaca que o atual PIB foi influenciado por fatores conjunturais excepcionais, como o expressivo crescimento do setor agropecuário, enquanto os investimentos produtivos apresentaram queda.

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Para a indústria de transformação e construção, a previsão de crescimento em 2024 é mais modesta, com 0,3% e 0,7%, respectivamente. Esses números representam uma recuperação em relação às quedas observadas no ano corrente. A indústria de transformação deve encerrar 2023 com uma queda de 0,7%, enquanto a indústria da construção apresentará um recuo de 0,6%.

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Investimento

Em 2023, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê um crescimento de 2,6% no consumo das famílias, enquanto o investimento apresentará uma queda de 3,5%. Segundo a análise da CNI, isso resultará em uma redução na taxa de investimento, que é a relação entre a formação bruta de capital fixo e o PIB, passando de 19,3% em 2022 para 18,1%.

O documento da confederação destaca que a diminuição no investimento impedirá um desempenho mais robusto nos anos seguintes, ressaltando a necessidade de uma estratégia de médio e longo prazo para manter as taxas de investimento em 20% ou mais do PIB no Brasil.

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Ricardo Alban, presidente da CNI, enfatiza que o crescimento sustentado da economia está intrinsecamente ligado ao aumento dos investimentos. Ele destaca que a agenda da economia verde, sustentabilidade, pesquisa e inovação, e transformação digital aponta o caminho para atrair indústrias e desenvolver infraestrutura, facilitando a transição para uma economia de baixo carbono. Alban acredita que o Brasil está bem posicionado para desempenhar um papel protagonista nessa nova fase industrial.

Mercado de trabalho e cenário internacional

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) não demonstra otimismo em relação ao mercado de trabalho, projetando que 2024 não repetirá o crescimento observado neste ano. A expectativa é de um aumento de 2,9% na massa salarial em 2024, em comparação com o expressivo aumento de 6,4% registrado neste ano. A razão para essa perspectiva mais modesta está relacionada ao prognóstico de um crescimento menor no número de pessoas empregadas em 2024, influenciado pelos efeitos negativos da política monetária de juros altos, que já começarão a ser percebidos no final deste ano.

Quanto ao cenário econômico internacional, a avaliação da CNI é que ele será pouco favorável, o que pode impedir novos aumentos históricos no saldo positivo da balança comercial. O saldo recorde alcançado neste ano foi impulsionado pelos volumes exportados de produtos agropecuários, especialmente soja e milho, e pela indústria extrativa, com destaque para petróleo e minério de ferro.