Negócios PIB
Veja as estimativas do mercado para inflação e PIB
Veja as estimativas do mercado para inflação e PIB
06/02/2024 10h40 Atualizada há 7 meses
Por: Leonardo Grandchamp
Mercado para inflação e PIB / Imagem freepik

As previsões para os principais indicadores econômicos em 2024, como inflação e PIB por exemplo, permaneceram estáveis, conforme revelado na última edição do Boletim Focus, divulgado em Brasília nesta terça-feira (6). O Boletim, uma pesquisa conduzida com economistas e divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), oferece uma visão do que esperar para o próximo período.

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Para o atual ano, a expectativa de crescimento econômico manteve-se em 1,6%. Em relação a 2025, estima-se que o Produto Interno Bruto (PIB) deva alcançar 2%. Essa projeção de expansão do PIB em 2% também se estende para os anos de 2025 e 2026.

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No terceiro trimestre do ano passado, a economia brasileira registrou um crescimento de 0,1% em comparação com o segundo trimestre de 2023, conforme dados do IBGE. No acumulado de janeiro a setembro, a economia apresentou um crescimento de 3,2%, elevando o PIB para o seu patamar mais alto na série histórica, ficando 7,2% acima do nível pré-pandemia registrado nos últimos três meses de 2019. Os dados referentes ao quarto trimestre de 2023, consolidando o ano, serão divulgados pelo IBGE em 1º de março.

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Quanto à cotação do dólar, a previsão é de que atinja R$ 4,92 no final deste ano, enquanto para o final de 2025, a estimativa é de que a moeda americana alcance R$ 5.

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Projeções e Tendências para Inflação e Taxa de Juros

Em relação à inflação, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano permanece em 3,81%, de acordo com o Boletim Focus. Para 2025, a estimativa é de uma inflação de 3,5%, mantendo-se também em 3,5% para os anos de 2026 e 2027. Essas previsões estão dentro do intervalo da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

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Quanto à taxa básica de juros, o Banco Central continua utilizando a taxa Selic como principal instrumento para controlar a inflação. A atual taxa Selic está em 11,25% ao ano, estando em um ciclo de cortes consecutivos. O Comitê de Política Monetária (Copom) já realizou cinco cortes seguidos de 0,5 ponto percentual, indicando que esse ritmo deve ser mantido nas próximas reuniões. Essas ações são vistas como necessárias para manter a política monetária contracionista, visando ao processo de desinflação. As decisões futuras do Copom dependerão do cenário econômico de longo prazo.

É importante ressaltar que as projeções do mercado financeiro para a taxa Selic indicam que ela encerrará 2024 em 9% ao ano. Para o final de 2025, espera-se que a taxa básica caia para 8,5% ao ano, mantendo-se nesse patamar também em 2026 e 2027. As alterações na taxa Selic têm um impacto significativo nos preços, uma vez que influenciam o custo do crédito e a poupança, afetando, assim, a atividade econômica como um todo.