No início deste novo ano, continuamos a nos deparar com golpes já conhecidos, e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) mais uma vez é mencionado como alvo. Desta vez, trata-se do golpe envolvendo a guia de pagamento do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), prometendo descontos de até 20% mesmo após o prazo oficial para pagamento, aqui em Mato Grosso do Sul.

Uma das primeiras suspeitas é que o Detran não é responsável pela emissão ou envio dos boletos de pagamento do IPVA. Essa atribuição é da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz), encarregada da arrecadação de impostos para o governo e, portanto, responsável pelas cobranças.

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Adicionalmente, é importante notar que o e-mail não é o meio pelo qual essas guias são enviadas, pelo menos não aqui em nosso estado. Elas são normalmente enviadas por correio, em correspondências físicas endereçadas ao proprietário do veículo, ou podem ser acessadas e impressas diretamente pelo site do contribuinte da Sefaz do Mato Grosso do Sul.

Em relação aos descontos, é válido mencionar que o prazo para pagamento à vista com desconto encerrou-se em 31 de janeiro deste ano, conforme anunciado oficialmente pelo Detran e pela Sefaz. Portanto, não é mais possível usufruir desses benefícios. Além disso, é importante ressaltar que o desconto máximo oferecido pelo estado era de 15%, não 20%, e aplicava-se apenas a automóveis e veículos de passeio.

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Outro aspecto a ser considerado é o endereço de e-mail utilizado para enviar essas guias fraudulentas. No exemplo apresentado, o endereço é nao-responder@systems38621detran.gov.br. Esse domínio longo e pouco intuitivo já suscita desconfiança, como apontado pelo diretor-presidente do Detran-MS, Rudel Trindade.

Além disso, é importante examinar cuidadosamente qualquer link fornecido no e-mail. No caso dessas tentativas de golpe, o e-mail inclui um "botão" para consulta do veículo, cujo link deve ser tratado com cautela. É possível que ele direcione o usuário para uma página falsa solicitando informações pessoais e bancárias, ou até mesmo emita um boleto falso que direcione o pagamento para a conta de um golpista.

Outros detalhes a serem observados incluem a presença da logomarca das instituições públicas ou empresas mencionadas no e-mail, bem como a qualidade geral do texto, que pode conter erros de grafia e pontuação típicos de conteúdo suspeito. Portanto, é essencial permanecer vigilante e cauteloso ao lidar com e-mails ou correspondências que solicitem informações pessoais ou financeiras.