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Planos de saúde: Reajuste máximo de 6,91% é definido pela ANS
Esse limite é válido para o período entre maio de 2024 e abril de 2025 
05/06/2024 11h15 Atualizada há 3 meses
Por: Esther Vasconcelos
Planos de Saúde / Imagem Freepik

Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) limitou o percentual de reajuste anual que poderá ser aplicado aos planos de saúde de assistência médica individuais e familiares regulamentados. Esse limite é de 6,91% e é válido para o período entre maio de 2024 e abril de 2025 para os contratos de quase 8 milhões de beneficiários. Isso representa 15,6% dos 51 milhões de consumidores de planos de assistência médica no Brasil, de acordo com dados de março de 2024.

O índice de 6,91% foi definido pela ANS com base na variação das despesas assistenciais ocorridas em 2023, comparadas com as despesas assistenciais de 2022 dos beneficiários de planos de saúde individuais e familiares. Essa variação está diretamente associada aos custos dos procedimentos e à frequência de utilização dos serviços de saúde.

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A decisão foi apreciada pelo Ministério da Fazenda e aprovada em reunião de Diretoria Colegiada na manhã desta terça-feira, 4 de junho de 2024. O reajuste poderá ser aplicado pela operadora no mês de aniversário do contrato, ou seja, no mês da data de contratação do plano. Para os contratos que aniversariam em maio e junho, a cobrança deverá ser iniciada em julho ou, no máximo, em agosto, retroagindo até o mês de aniversário do contrato.

Orientações sobre o boleto e aplicação do reajuste 

Com o estabelecimento do limite máximo de reajuste pela ANS, é importante que os titulares de planos de saúde individuais ou familiares verifiquem atentamente seus boletos de pagamento.

Deve-se assegurar que o reajuste aplicado não ultrapasse o limite de 6,91% estabelecido pela ANS e que o aumento esteja sendo cobrado a partir do mês em que o contrato foi originalmente assinado, conhecido como mês de aniversário do contrato.

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O reajuste autorizado pela ANS só pode ser efetuado a partir do mês de aniversário do contrato. Nos casos em que o contrato faz aniversário em maio ou junho, a operadora deve iniciar a cobrança do novo valor em julho ou, no mais tardar, em agosto, com efeito retroativo ao mês de aniversário. Para contratos que fazem aniversário a partir de julho, o reajuste pode ser cobrado pela operadora até dois meses após o mês de aniversário, também de forma retroativa.

Como posso contestar um reajuste indevido?

Se você acredita que o reajuste do seu plano de saúde foi indevido, você deve comparar os reajustes anuais do seu plano com os índices autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O índice de reajuste da ANS pode ser aplicado pela Justiça a planos coletivos por adesão e empresariais.

Mesmo se você tiver um plano empresarial ou coletivo por adesão (como da Qualicorp ou All Care), é possível buscar a revisão do reajuste sempre que o índice for superior ao divulgado pela ANS para planos individuais e familiares.

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Todos os contratos de planos de saúde se submetem ao Código de Defesa do Consumidor. Se o reajuste foi superior aos índices autorizados pela ANS, é hora de falar com um advogado especialista em planos de saúde.

Você pode registrar uma reclamação junto à ANS, que é a agência reguladora dos planos de saúde no Brasil. Ligue para o Disque ANS no número 0800 701 9656. Além disso, você pode reclamar aos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon.

Caso necessário, busque seus direitos judicialmente. A Justiça tem considerado abusivo o aumento excessivo nos valores das mensalidades dos planos de saúde. Entre as situações em que o reajuste pode ser abusivo estão os reajustes anuais, por faixa etária e por sinistralidade.