INSS BPC/LOAS
BPC/LOAS: pessoas com autismo têm direito ao apoio financeiro do INSS
A solicitação pode ser feita via internet com o envio de documentos. Entenda
07/06/2024 11h55
Por: Ana Luzia Rodrigues
BPC LOAS pessoas com autismo / Imagem freepik

Se você conhece alguma pessoa com Transtorno do Espectro Austista (TEA) ou tem alguém na família com autismo  saiba que provavelmente ela tem direito a receber um benefício do INSS.

Entenda que a pessoa autista pode ter o direito de receber o BPC (Benefício de Prestação Continuada).

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Esse benefício é assistencial e um direito concedido pela  Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) para pessoas com deficiência, com objetivo de trazer mais dignidade para pessoas com TEA e seus familiares que estejam em situação de vulnerabilidade social, ou seja, estejam em um contexto familiar de baixa renda.

Quer entender melhor sobre esse benefício? Acompanhe!

O que é BPC?

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) garante  o valor de um  salário mínimo por mês para a pessoa com TEA, uma vez que a lei considera o autista pessoa portadora de deficiência.

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Vale mencionar que, normalmente, muitos pensam que o BPC  é uma aposentadoria. Todavia  isso não é verdade. Nas aposentadorias, normalmente, os beneficiários devem contribuir com a Previdência Social para receber algum benefício.

O mesmo não acontece com o BPC, uma vez que a pessoa autista não precisa fazer qualquer contribuição financeira para receber o benefício.

Nesses casos, basta ele atender determinados requisitos estabelecido na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS ) para receber o benefício.

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Quais os requisitos para o BPC?

A pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo possui dificuldade de interação social, o que desafia o desempenho das suas atividades na sociedade.

Em razão disso, principalmente enquanto crianças, as pessoas autistas tendem a necessitar de mais cuidado e atenção dos seus familiares, assim como tratamentos e acompanhamento profissional.

Tudo isso facilitará a sua integração social com o seu meio e com as pessoas à sua volta, fazendo com que ele leve uma vida digna.

É com esse fim que a LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social) prevê o BPC (Benefício de Prestação Continuada), tratando-se de um benefício que visa auxiliar a pessoa autista na quebra das suas barreiras sociais e físicas.

Entretanto, para a pessoa autista receber o BPC, ela terá que demonstrar ao INSS que atende a determinados requisitos.

O primeiro deles é comprovar a doença. Isso deve ser feito através de um diagnóstico feito por um profissional de saúde especializado. Somente o  laudo médico servirá como meio para comprovar a deficiência do solicitante do benefício.

Outra condição para obter o BPC é  comprovar que a renda familiar é de até ¼ do salário mínimo por pessoa, calculada com as informações do Cadastro Único (CadÚnico) e dos sistemas do INSS.

Sim, também é vital para a concessão do BPC que a pessoa autista juntamente com seu grupo familiar estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico).

O CadÚnico é um instrumento de coleta de dados e informações que objetiva registrar todas as famílias de baixa renda existentes no país. Ele visa obter um conjunto de informações sobre as famílias brasileiras, para identificar aquelas que estão em situação de pobreza. Ou seja, tem que provar que é pessoa de baixa renda, e que não tem como prover o seu próprio sustento.

Quando tratar-se de criança, isso torna-se mais fácil, pois ela não pode trabalhar, então basta comprovar que a renda dos seus familiares é de, no máximo, ¼ do salário mínimo por pessoa.

Como solicitar o BPC?

Hoje não precisa mais ir até uma agência física do INSS, pois você pode entrar com um processo administrativo requerendo o benefício para autismo pelo telefone ou aplicativo Meu INSS:

Os documentos que você deve ter em mãos são:

O que fazer se o pedido for negado pelo INSS?

Os principais motivos para as pessoas autistas terem o benefício negado, são os seguintes:

Uma perícia mal feita vai acabar fazendo com que o benefício seja negado. O perito pode justificar que não houve comprovação da deficiência.

Assim pode acontecer também da pessoa ter o benefício negado porque não conseguiu demonstrar ao perito que sua família possui baixa renda.

Nesses casos, é possível recorrer por meio de um recurso administrativo, diretamente em uma agência do INSS ou via aplicativo.