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Em uma operação de grande porte deflagrada nesta quinta-feira (27), a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra ex-diretores da Americanas. A ação, batizada de "Operação Disclosure", é um desdobramento das investigações sobre o rombo bilionário que abalou a varejista no início do ano.
Cerca de 80 policiais federais participaram da operação, que teve como alvo principal o ex-CEO Miguel Gutierrez. Além dos mandados de prisão, a PF também realizou buscas em endereços ligados aos ex-diretores e determinou o sequestro de bens e valores.
As investigações, conduzidas em conjunto pela PF, Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Ministério Público Federal (MPF), apontam para um esquema de fraude contábil que teria mascarado a real situação financeira da Americanas, levando a um rombo estimado em mais de R$ 20 bilhões.
A "Operação Disclosure" representa um novo capítulo na busca por justiça e responsabilização no caso Americanas. A expectativa é que a ação da PF contribua para esclarecer os fatos e punir os responsáveis pela fraude que causou prejuízos a milhares de investidores e credores.
De acordo com a PF, as investigações tiveram a colaboração da atual diretoria da empresa. Os policiais apuraram que os então diretores da Americanas “praticaram fraudes contábeis relacionadas a operações de risco sacado, que consiste numa operação na qual a varejista consegue antecipar o pagamento a fornecedores por meio de empréstimo junto aos bancos”.
A Americanas, por sua vez, afirmou estar colaborando com as autoridades e que a operação não afeta suas atividades. A empresa segue em processo de recuperação judicial, buscando renegociar suas dívidas e garantir sua continuidade no mercado.
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