MEI SEGURO DESEMPREGO
Seguro-desemprego para o MEI pode virar realidade. Confira!
Categoria poderá acessar o seguro-desemprego mediante o cumprimento de requisitos específicos.
27/08/2024 08h43
Por: Ana Luzia Rodrigues
Imagem freepik/Editado por Jornal Contábil

Uma proposta inovadora está em tramitação no Congresso Nacional, visando estender o benefício do seguro-desemprego aos Microempreendedores Individuais (MEIs). Se aprovada, essa medida será um marco significativo na ampliação da rede de proteção social no Brasil, oferecendo uma segurança financeira inédita para uma categoria que, até então, estava excluída desse tipo de benefício.

Afinal,  representa um marco importante na inclusão de trabalhadores autônomos no sistema de proteção social, proporcionando novas perspectivas de amparo financeiro em situações de perda de renda involuntária.

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Explore abaixo os detalhes atualizados sobre essa iniciativa e como ela pode impactar positivamente o cenário econômico e social dos MEIs no Brasil.

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Aprovação do seguro-desemprego para MEI

A Câmara dos Deputados aprovou uma proposta de lei que expande o seguro-desemprego para incluir trabalhadores autônomos registrados como Microempreendedores Individuais (MEIs).

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Essa medida marca um avanço importante na proteção social desse grupo, que anteriormente não podia contar com esse benefício em caso de perda involuntária de renda.

O projeto de lei 323/24, de autoria do Deputado Jonas Donizette (PSB-SP), foi aprovado pela Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados.

Originalmente, a proposta não incluía participantes de sociedades empresárias, mas uma emenda posterior ampliou sua abrangência para este grupo.

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Agora, o texto será submetido à análise das Comissões de Trabalho, Finanças e Tributação, Constituição e Justiça, e Cidadania, em um processo conclusivo.

Após aprovação nessas instâncias, o projeto seguirá para o Senado Federal e, se aprovado, será encaminhado para sanção presidencial.

Quem poderá receber?

O seguro-desemprego pode ter acesso  mediante o cumprimento de requisitos específicos.

É necessário comprovar um período mínimo de contribuição, variando de 6 a 12 meses, dependendo do número de solicitações anteriores.

Além disso, os requerentes devem apresentar a declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), evidenciando a insuficiência de renda própria para sua subsistência e a de sua família.

Também é obrigatória a comprovação de que não recebem benefícios previdenciários de prestação continuada, exceto auxílio-acidente, auxílio suplementar e abono de permanência.

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Qual o valor do seguro-desemprego

Os valores e a duração do seguro-desemprego para Microempreendedores Individuais (MEIs) seguirão as mesmas diretrizes aplicadas aos trabalhadores formais.

O benefício será calculado com base na média dos três últimos salários de contribuição, limitado ao teto de R$ 2.313,74  (valor de 2024).

Quanto à duração, o seguro-desemprego será concedido por um período que varia de 3 a 5 parcelas mensais, dependendo do tempo de contribuição anterior à dispensa.

Para continuar recebendo as parcelas subsequentes, o beneficiário deverá demonstrar que ainda preenche os requisitos de elegibilidade estabelecidos.

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Conclusão

A aprovação do seguro-desemprego para Microempreendedores Individuais (MEIs) marca um avanço significativo na proteção social deste segmento em expansão no Brasil.

Embora seja um passo importante, especialistas apontam a necessidade de ajustes contínuos nas regras e critérios para garantir a eficácia e sustentabilidade deste benefício a longo prazo.

É crucial acompanhar de perto a implementação desta política, avaliando seus impactos e identificando possíveis lacunas ou desafios emergentes. Isso permitirá realizar ajustes e melhorias contínuas, assegurando que o seguro-desemprego cumpra seu papel de proteção social de maneira eficiente e equitativa.

Ao estender este benefício aos trabalhadores autônomos, o governo reconhece a importância de proporcionar uma rede de segurança financeira para aqueles que enfrentam interrupções involuntárias de renda, fortalecendo assim a inclusão social e econômica no país.