Direito XP
Juiz notifica XP em processo movido por Marcia Goldschmidt
Corretora causou um prejuízo de mais de R$ 16 milhões a apresentadora
20/09/2024 06h25
Por: Ricardo de Freitas
Juiz notifica XP em processo movido por Marcia Goldschmidt

O juiz Fabio de Souza Pimenta, da 32ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, determinou que a XP Investimentos Corretora de Câmbio Títulos e Valores Mobiliários seja notificada no processo movido pela apresentadora Marcia Goldschmidt.

“Notifique(m)-se, pois, como requer(em), ficando o(s) requerido(a)(s) advertido(s) que realizada a notificação e/ou intimação, em analogia ao artigo 729, do Novo Código de Processo Civil, os autos serão baixados com as respectivas anotações”, determina o magistrado.

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O processo se refere a um prejuízo bancário, que já ultrapassa R$ 16 milhões. No caso, a apresentadora, que quando morava no Brasil era cliente do Credit Suisse, migrou para a XP Investimentos junto com os gerentes de sua conta. Marcia Goldschmidt, no entanto, foi morar fora do país e, com a mudança para a XP, os profissionais, ligavam insistentemente para que a conta internacional dela fosse aberta já que os gastos eram em euros e os investimentos em reais. Após convencerem com os inúmeros argumentos, os recursos foram levados de vez. Sem poder opinar muito, por não dominar o segmento, uma série operações foram feitas em sua conta causando enorme prejuízo para Goldschmidt. O valor perdido até momento, é US$ 3 milhões, equivalente a R$ 16,9 milhões convertendo para o real.

Para a apresentadora, a decisão representa apenas uma etapa vencida no processo pela busca de recuperar o prejuízo. “Esta má gestão da corretora, além de negligência e falhas na condução de meus investimentos no exterior, me fizeram amargar perdas milionárias em um patrimônio que conquistei ao longo dos anos. Na prática, fizeram uma aposta com o meu dinheiro e não um investimento", diz a apresentadora.

A defesa da apresentadora entregou uma notificação judicial à corretora buscando um acordo para a reparação das perdas. Mas, sem acordo, a tendência é que a solução ocorra por meio da Justiça.

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