Agliberto Lima/AE/VEJA
Ter um planejamento do sistema de energia elétrica é uma estratégia fundamental para as empresas em 2021.
O cenário de geração no país apresenta-se desafiador: desde março, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) segue a diretriz de adoção de medidas excepcionais para assegurar os níveis dos armazenamentos dos reservatórios hidrelétricos.
A orientação se deu por conta da permanência de afluências abaixo da média histórica.
Entre setembro de 2020 e março de 2021, o Brasil registrou a pior afluência para o período em 91 anos.
A situação acendeu o alerta sobre a necessidade de procedimentos extraordinários que foram adotados em março e mantidos no mês de abril.
Dentre esses procedimentos está a autorização do despacho de usinas termelétricas a gás natural liquefeito operacionalmente disponíveis e que não possuem em vigência contrato de comercialização de energia elétrica.
O acionamento pode ser feito pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) com antecipação de dois meses.
De acordo com o CMSE, a medida busca “fazer frente ao atendimento à carga, à menor degradação dos armazenamentos dos reservatórios equivalentes das usinas hidrelétricas e à manutenção da governabilidade das cascatas hidráulicas.”
Apesar de reconhecer a situação crítica, o órgão afirma que não há risco de desabastecimento de energia no país.
A iminente possibilidade de uso de energia das termelétricas traz a preocupação sobre os impactos financeiros para os consumidores.
Segundo projeção recente realizada pela MegaWhat Consultoria, a expectativa é que a bandeira tarifária vermelha-patamar 1 seja acionada em maio, o que irá significar o acréscimo de R$ 4,169 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.
O encarecimento da conta de luz em meio às dificuldades financeiras decorrentes da pandemia da Covid-19 ameaça a sobrevivência de muitas empresas, uma vez que os custos com energia elétrica representam uma das principais despesas para os negócios de diferentes segmentos.
O Sebrae avalia que a situação demanda a criação de alternativas por parte das empresas.
“Planejamento, inovação e novas atitudes podem fazer a diferença no pagamento da conta de energia”, aponta o serviço.
Ainda de acordo com o Sebrae, para planejar o sistema de energia de uma empresa é necessário prever o consumo.
Isso é feito por meio da identificação das principais variáveis que interferem no uso de energia, a partir de um levantamento de dados que ofereçam uma base estatística.
“Com isso, é possível prever o consumo da energia em função das variáveis históricas que o influenciam”, explica.
Uma possibilidade apontada pelo Sebrae é evitar o uso de energia elétrica no horário de pico, compreendido entre 17h e 22h.
“Esse intervalo representa o auge do gasto energético no país. Para inibir as empresas de concentrarem seu consumo nesse horário, o que aumenta a pressão sobre o sistema elétrico, cada região determina um período de três horas em que as tarifas têm um preço mais elevado.”
A locação de geradores é uma estratégia para o planejamento de energia das empresas, uma vez que garante a continuidade das atividades sem a necessidade de uso de energia elétrica no período em que a tarifa está mais cara.
Envolver a equipe na gestão do consumo de energia também é primordial para o sucesso do planejamento da empresa. “É um desafio, mas o engajamento e a consciência de todos é fundamental”, orienta o Sebrae.
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