Ao longo dos anos, a contabilidade se transformou. Antes dominada por homens, hoje registra, nas últimas décadas, um crescimento significativo da presença das mulheres no setor.
Dispostas a romper os padrões e quebrar as barreiras supostamente existentes na sociedade, as mulheres estão cada vez mais buscando o seu espaço no mercado de trabalho, ora em destaque o campo das Ciências Contábeis.
A presença feminina na contabilidade se tornou mais evidente a partir do século XX, pois antes elas não tinham acesso à educação formal ou oportunidades profissionais. Enfrentavam barreiras significativas, entretanto, algumas conseguiram superar essas limitações, enfrentando preconceitos e dificuldades, e deixaram sua marca, como Mary Harris Smith, na Inglaterra, desafiando as convenções da época e estabelecendo escritórios contábeis.
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As mulheres brasileiras desempenham um papel significativo no mercado da Contabilidade, contribuindo com suas habilidades e especialização para o desenvolvimento do setor. Ao longo dos anos, houve um aumento da participação feminina na área, refletindo uma tendência global de maior diversidade de gênero em profissões tradicionalmente dominadas por homens.
Segundo o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), em 1950, elas representavam apenas 4,3% dos trabalhadores da área, mas, em 2024, já são a metade dessa força de trabalho. Uma trajetória que se confunde com o empoderamento da mulher, que, mesmo diante da dupla e até tripla jornada de trabalho, hoje é protagonista da sua própria história.
A pioneira Dvoira Nudelman, nascida em 1º de outubro de 1927, com registro em 15 de setembro de 1947, marcou o primeiro registro de uma contadora no Estado, conforme dados do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRCSP). Na década de 1950, as mulheres representavam apenas cerca de 1,3% dos profissionais ativos na área, conforme o Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
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Além de posições estratégicas nas empresas, as mulheres estão presentes e à frente nos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs) e no alto escalão do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). São Paulo é o estado com maior número de contadoras e contabilistas, seguido por Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Mesmo com tantas conquistas, as mulheres ainda enfrentam desafios no mercado contábil, entre os quais estão incluídas a disparidade salarial de gênero, a falta de representação em cargos de liderança e questões relacionadas ao equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, pois muitas possuem jornadas extras como mães e donas de casa, ainda que políticas e práticas de trabalho flexíveis tenham sido discutidas e implementadas para enfrentar essa questão.
Hoje, as mulheres impulsionam um ambiente de trabalho mais inclusivo, com políticas de igualdade de gênero, programas de mentoria específicos para mulheres e ações que visem a eliminar a disparidade salarial e as barreiras de progressão na carreira.
Elas têm vozes e não só na contabilidade, mas em vários segmentos. Promovem a criação de espaços mais equitativos e de apoio, o que é essencial para capacitar e impulsionar mais e mais mulheres a alcançarem seu objetivo profissional, mesmo em sua maioria tendo dupla ou tripla jornada de trabalho.
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